segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A mente do mal

Novos estudos exploram as causas biológicas da criminalidade de gente má, como o vilão Félix, de "Amor à vida"


PERVERSO Mateus Solano como o vilão Félix da novela Amor à vida.  Seu personagem  não tem escrúpulos (Foto: Raphael Dias/TV Globo com montagem de Alexandre Lucas)

2 comentários:

  1. Farei um trabalho sobre o assunto e o artigo publicado foi muito generoso. Obrigado!

    ResponderExcluir
  2. Todo conhecimento científico é desejável, porém precisamos estar, enquanto sociedade, merecedores do contato com tal conhecimento.
    Não podemos esquecer que medicina é a ciência das verdades temporárias, além disso a mais prostituta de todas as ciências.
    Na medicina existem psicopatas criminosos também.
    Acho interessantíssimas e desejáveis tais descobertas científicas, porém antes de manusearmos esses conceitos precisaríamos estar habilitados a manusearmos com a prevenção e também respeito humano adequados o ser humano potencialmente criminoso.
    Não temos nada, absolutamente nada que estruture alguma forma de estudo ou acolhimento ou proteção em relação a psicopatas criminosos.

    Arrisco a afirmar que normalmente quando um psicopata criminoso aparece nas manchetes como tendo feito suas primeiras vítimas, na realidade ele normalmente já vitimou talvez por anos, seus parentes mais próximos ou amigos que muitas vezes nem perceberam estar sob a ação de um psicopata potencialmente criminoso.
    Mas, os que perceberam a psicopatia do seu familiar ou amigo não tinham nada a fazer, antes dele realmente criminalizar.
    Isto está muito errado.

    Sei de uma família onde o pai é um psicopata, um predador realmente, que se delicia perversa e libidinosamente em corromper os familiares, colocando-os uns contra os outros, desagregando, adoecendo a família, seus membros. Agora com 80 anos sente que seu fim está próximo e está numa "fissura", uma aparente histeria de ouvir denúncias sobre os abusos que já cometeu. Como um sádico que quer ouvir os gritos de suas vítimas, ele quer provocar denúncias e relatos sobre os males que já cometeu.
    Ele está a ponto de cometer um crime que provavelmente nunca cometeu. mas não há nada, absolutamente nada no sistema que previna ou investigue nem mesmo a partir da certeza de um familiar ou amigo próximo de que ele delinquirá.
    Nada.

    Então, se a sociedade não está estruturada para usar de forma responsável a certeza de que um psicopata delinquirá, de que forma a sociedade usará essas informações fornecidas, logo pela medicina?
    A medicina, aquela que em 1956 aceitou anúncios em revistas hospitalares daquele famoso refrigerante como alimento adequado para pacientes em dietas líquidas... que também proibiu tanta gente de comer ovo por causa do colesterol.. e que agora orienta que se coma ovo por causa do colesterol... a medicina que mandava tomar vitamina c para gripe e que agora diz que vitamina c não adianta nada para gripe.. a medicina que até pouco tempo prescrevia para depressão a mesma carbamazepina que causa depressão... tantas e tantas verdades descartáveis ...
    Ainda que venha... verdades "verdadeiras" dessas pesquisas... qual o uso será feito disso?

    A única esperança não reside na medicina mas na criação jurídica de ferramentas que garantam às vítimas e às próprias pessoas com características biológicas de criminalidade, direitos, respeitos e amparos.. pois entre elas serão contadas também aquelas com muitas características parecidas mas que foram salvas por alguma espécie de benção amorosa que a Vida lhes brindou.

    Maria Regina
    CEB

    ResponderExcluir