sábado, 21 de abril de 2012

Denúncias sobre PM suspeito de estupro no Rio passam de 20


Cabo Frank Cimar fugiu de delegacia após ser detido; ele está foragido.
Na quarta, a PRF emitiu alerta para evitar fuga pelas estradas do Rio.



O cabo da PM Frank Cimar Barbosa de Oliveira Souza, suspeito de estuprar uma jovem em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, continua foragido neste sábado (21), quase uma semana após fugir da 35ª DP (Campo Grande) pela porta da frente. Desde o dia do crime, o Disque-Denúncia já recebeu mais de 20 ligações sobre o caso, conforme mostrou o RJTV.
Segundo a Polícia Civil, o cabo Frank Cimar, que trabalha no 17º BPM (Ilha do Governador), será acusado de sequestro, estupro, de ameaçar a vítima e outras testemunhas.
PRF emite alertaNa quarta-feira (18) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) emitiu um alerta para evitar a fuga dopolicial militar pelas estradas do Rio de Janeiro.
De acordo com a PRF, o alerta vale para todos os postos no estado. Além de fiscalizar carros, motos e veículos de cargas, os agentes também vão vistoriar ônibus de linhas intermunicipais e interestaduais.
Como foi o caso
Já na terça-feira (17), um policial civil foi detido com uma arma registrada em nome do cabo. Segundo a polícia, a espingarda calibre 12 estava no carro do agente. Ele foi levado para a 35ª DP (Campo Grande), onde foi autuado por porte ilegal de arma e liberado em seguida. A Polícia Civil informou que o inspetor foi afastado do cargo para uma função no Setor Pessoal de Serviços Diversos.
O namorado da jovem contou que o casal estava andando em direção à casa dela, quando o cabo passou em um carro de passeio, no domingo (15). Ele desceu armado e mostrou a carteira de policial.
“Aí mandou ela entrar no carro e mandou eu ficar de cara para a parede. E se eu olhasse para trás ia dar um tiro na minha cara”, disse o namorado.
Ele pediu ajuda ao irmão da vítima, que acabou localizando o carro de Frank Cimar, que ainda estava no bairro. O cabo foi preso em flagrante por dois PMs que estavam na delegacia.
De acordo com testemunhas, o cabo Frank Cimar não teria sido algemado pelos colegas. Segundo os policiais civis, antes de fugir, o PM teria ficado o tempo inteiro sem algemas, circulando pela delegacia. Pouco tempo depois, ele desapareceu.

“Quando ele fugiu da delegacia, ele foi na casa dela outra vez, com outro carro, e ameaçou todo mundo lá. Falou que ia matar todo mundo se levasse adiante”, disse o namorado da vítima. Depois de quase 12 horas na delegacia, a jovem saiu de lá acompanhada do pai. Ela fez um exame no hospital, que comprovou o estupro.

Os dois policiais que fizeram a prisão de Frank Cimar também responderão a inquérito porque, segundo a delegada de plantão, Eliane Villar, eles eram os responsáveis pela segurança do acusado. “Os policiais militares em momento algum ficaram na escolta dele”, disse ela. Eles vão responder por favorecimento pessoal e prevaricação, quando o funcionário público deixa de cumprir o dever em benefício próprio ou de outro.
A Polícia Militar informou que está investigando a conduta dos PMs, mas eles continuam em liberdade.
Fonte:G1

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