De acordo com o delegado, a prisão aconteceu às 10h dessa quinta-feira (14) graças à ajuda do pai do menino, que atendeu o telefonema de Gonçalves, se passou pelo filho e marcou o encontro. O primeiro contato entre o rapaz e a criança, segundo Contrera, havia sido na véspera.
Conforme a investigação, o menino contou que estava na rua, a caminho de casa, quando foi abordado pelo suspeito, que estava de carro e queria saber a localização de uma loja de material de construções nas proximidades. A criança concordou em acompanhar Gonçalves até lá, mas se sentiu constrangida ao ser perguntado se já havia praticado sexo, explicou o delegado.
"A partir daí, o suspeito mudou de assunto e começou a falar de futebol e convidou a criança para conhecer uma escolinha, no dia seguinte. Mas o menino passou o telefone do pai, que foi quem atendeu o rapaz no dia seguinte, fingiu ser o filho, marcou o encontro e nos comunicou", relatou Contrera. Ontem, às 10h, Gonçalves foi preso e flagrante.
O UOL teve acesso às fotos feitas pela polícia nas mensagens do celular encontrado com Gonçalves. Naquela em que convidava o menino do flagrante, perguntou se o dia seguinte era adequado para o encontro e finalizou com "Quero falar com você sobre futebol", assinando como "Marcos". Em outras mensagens coletadas, destinadas também a mulheres, fez propostas de sexo explícito e assinou com outros nomes e um suposto apelido: "Donny".
"Não sabemos de quem são esses números e vamos investigar de são de outras crianças", disse o delegado, segundo o qual foi apreendido um computador na casa do preso no qual não foi encontrado, "a princípio", material relativo a pedofilia. "Verificamos acesso a sites adultos de pornografia e muitas fotos de crianças que ele disse se referia à atividade profissional de animação de festas. Ele admitiu que agiu errado, marcando o encontro, mas disse que não tinha intenção de estuprar a criança", declarou o delegado.
A polícia não soube informar quem é o advogado do palhaço. Na empresa de animação de festas infantis da qual ele é dono, em São Paulo, um homem que se disse funcionário do local informou à reportagem que ainda não tinha autorização para passar nome ou contato do defensor de Gonçalves, mas disse que "se trata de uma armação e a polícia vai saber disso".
uol
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