sábado, 6 de outubro de 2012

Promotor diz que Baixada Santista vive 'guerra civil'


O promotor Cássio Roberto Conserino, que investiga o crime organizado na Baixada Santista, diz que a região é palco de uma guerra civil entre criminosos e policiais.
Segundo ele, há um grande acervo no Gaeco (grupo que investiga o crime organizado) com casos em que policiais foram atacados por bandidos vinculados à facção PCC e indícios de que policiais mataram civis em represália à morte de seus colegas.
"Não são casos isolados. Há indícios veementes de que os atentados foram praticados pela facção criminosa. Há uma guerra civil", afirma.
O governo paulista diz não ser possível afirmar que os assassinatos de policiais militares estejam relacionados.
Sobre as mortes de sete pessoas no Guarujá, Conserino diz ser prematuro afirmar que é mais um caso de vingança por parte de policiais. "Podem ser os próprios criminosos atacando para colocar a culpa na polícia."
Em 2010, houve um caso de um PM que foi indiciado por matar oito pessoas de forma semelhante logo após o assassinato de um colega.
De acordo com a Promotoria, desde então, o órgão passou a trabalhar em parceria com a Corregedoria da PM.
Folha apurou com membros da cúpula da Segurança Pública que PMs disseram que, a cada policial morto, seis bandidos seriam assassinados em represália.
A partir dessa informação, setores de inteligência entraram em atenção para monitorar casos com mortes de civis em circunstâncias similares às do litoral.
EMBU DAS ARTES
Três jovens --de 16, 20 e 22 anos-- foram baleados ontem por dois motoqueiros armados quando, segundo a polícia, usavam drogas em um terreno baldio em Embu das Artes, na Grande São Paulo.
O crime foi na região onde trabalhava o policial militar Renato Ferreira da Silva Santos, 29, morto com um tiro no peito anteontem à noite em suposta tentativa de assalto. (ROGÉRIO PAGNANAFONSO BENITESANDRÉ CARAMANTE E LÉO ARCOVERDE)
Editoria de arte/Folhapress

Fonte:Folha de SP

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