domingo, 9 de junho de 2013

Réus do escândalo de desvio de verbas no DF contratam defensores badalados

Os honorários chegam à casa dos milhões e os valores acertados com a clientela ilustre ficam guardados a sete chaves

Gabriela Bemfica é uma das responsáveis pelo processo de Leonardo Bandarra ( Breno Fortes/CB/D.A Press)
Gabriela Bemfica é uma das responsáveis pelo processo de Leonardo Bandarra


De representantes da nova geração de criminalistas a sócios das bancas mais badaladas de Brasília, o processo da Operação Caixa de Pandora reúne a elite da advocacia da cidade. Mas o prestígio de ser recebido com deferência por um ministro ou juiz tem um preço. Os honorários chegam à casa dos milhões e os valores acertados com a clientela ilustre ficam guardados a sete chaves. As equipes responsáveis pela defesa dos 37 denunciados nesse escândalo reúnem um batalhão de 180 advogados — alguns acusados têm 11 profissionais do direito com representação para atuar na ação.

Com a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça de desmembrar o processo, eles terão muito trabalho pela frente. A tendência é de uma nova divisão dos autos, de forma que 33 denunciados, sem foro especial, respondam em uma vara criminal, enquanto os três deputados distritais envolvidos sejam julgados no Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF. A possibilidade quase inesgotável de recursos é um trunfo para a advocacia. E a perspectiva de que o processo se estenda por muitos anos amplia o leque de atuação das bancas contratadas.



A maioria dos profissionais escalados tem grande experiência em casos de repercussão nacional. Pelo menos três dos advogados do processo da Pandora trouxeram a expertise de subir à tribuna do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Penal nº 470, o mensalão. Como os dois casos têm enredos semelhantes, a vivência é considerada importante para a defesa dos acusados no DF.


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