sexta-feira, 29 de setembro de 2017

COMPORTAMENTO PROFISSIONAL NA ÁREA JURÍDICA COM AMANDA HARRISON : COM QUE ROUPA EU VOU?

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Olá pessoas!!
Olha eu aqui de novo falando de comportamento. Não se preocupem, as dicas de linguagem jurídica voltam em breve!
Alguém aí já recebeu alguma intimação ou já viu alguma com uma notinha no rodapé dizendo: “Ao comparecer em Juízo esteja trajando vestimenta adequada ao ambiente forense”.
Mas que raios é essa tal de vestimenta adequada para ambiente forense??
Num passado não muito distante, às mulheres advogadas não era permitido o uso de calças, acredite! O traje para frequentar qualquer estabelecimento forense era o famoso tailleur, salto alto. Aos homens, assim como hoje, terno e gravata.
Atualmente, o traje adequado ainda é solicitado, mas de forma menos exigente do que no passado.
Geralmente, a roupa que usamos revela parte do que somos ou do que queremos ser ou transmitir, a pessoa que veste branco nos leva a crer que se trata de um médico, enfermeiro ou alguém que trabalhe com saúde, dificilmente nos remeterá à um açougueiro!
Enfim, mas vamos voltar ao nosso meio e falar da roupinha adequada para desfilar pelos mais diversos recintos forenses. Eis que moramos num país tropical, e aos homens é exigido o terno, tenho dó desses meninos, tem dia que vejo os coitados cozinhando, mas por outro lado, eles não passam dificuldade, não tem opção mesmo, mas atenção, não vá usar camisas de cor berrante, gravatas com desenhos pornográficos (sim, já vi), ah e tem um tecido horroroso brilhante que virou moda, e eu vejo os mocinhos andando pelo centro de São Paulo usando esses ternos prateados, Meu Deus!!  É a visão do inferno! Barba bem feita, cabelos cortados, unhas limpas faz parte do traje e da boa apresentação. Evite a camisa com botões abertos parecendo o cigano Igor, ah e muito importante, a altura da barra da calça, pelo amor dos meus filhinhos não vá usar calça “pula brejo”, a altura da barra deve ser exata, nem demais nem de menos, aos moderninhos que gostam da calça um pouco mais justa, a barra deve chegar no sapato ou no máximo mostrar um tiquinho da meia, para os clássicos não deve ir muito além do tornozelo. Barra mal feita é sinal de relaxo e nem pense em usar calça sem barra!
Para as meninas, o negócio é mais difícil, já é um imbróglio escolher roupa, que dirá escolher uma roupa apropriada para o ambiente forense, o que será apropriado???
Atualmente, podemos usar calças (ainda bem!), o tailleur continua valendo, e é muito elegante, desde que a saia tenha comprimento no joelho, senão fica vulgar, a dica é não exagerar, não precisa vestir-se como uma monja, mas também não precisa ser como se fosse para a balada, mostrando o que ninguém precisa ver! Evite roupas justas e curtíssimas, saltos altíssimos, até podemos usar cores, mas manter a sobriedade passa seriedade, já vi advogadas no Tribunal de Justiça de vestido tubinho vermelho curtinho com salto 20 sustentando pedido de habeas corpus, tive vergonha alheia! Não por nada, cada um usa o que bem entender, mas não adianta, vivemos de aparência, e no meio jurídico credibilidade é tudo!
Evite a blusinha de alcinha? É muito feio aquela alcinha caindo e a moça arrumando toda hora. Ou lingerie de cor diferente, fica bem ruim viu amiga? Calça branca? Muito cuidado!!!
Ah, e o fato de poder usar o que quer não quer dizer que você pode aparecer como uma arvore de natal, tenha parcimônia nas escolhas e combinações de cores, evite os decotes que mostram além da sua competência. Saia de babados com bota de franja não fica bom tá?
Maquiagem é outro quesito que merece atenção, não abuse, prefira uma maquiagem leve, que valorize seus traços, mas que não seja pesada, guarde os delineadores coloridos e batons escuríssimos para o happy hour.
Diante das tradições conservadoras do Judiciário, não se pode esperar que seja como em empresas modernas e liberais, onde até os grandes executivos usam trajes casuais.
Dica: Não importa o preço da roupa, a qualidade do tecido, o fabricante, importante é estar bem vestido, de forma elegante e confortável. Sua roupa é sua extensão, é como você se apresenta para as pessoas antes de qualquer palavra dita!
Até mais!


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Amanda Harrison, 38 anos, administradora, bacharel em Direito; pós-
graduada em Direito Empresarial, consultora jurídica.
Professora de português, linguagem jurídica e inglês nas horas

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