sexta-feira, 25 de maio de 2012

Assassino de menino desaparecido há 33 anos é acusado de homicídio


Pedro Hernandez foi acusado de homicído doloso (com intenção de matar).
Segundo a polícia, homem confessou ter matado garoto Etan Patz.


O homem que, segundo a polícia, confessou ter estrangulado Etan Patz foi acusado de homicído doloso (com intenção de matar) nesta sexta-feira (25), exatos 33 anos após o menino de 6 anos desaparecer de seu bairro de Nova York.
Pedro Hernandez, 51, que trabalhava no estoque de uma pequena loja de comida na rua SoHo, em Manhattan, onde Patz foi visto pela última vez em 25 de maio de 1979, foi acusado de homicído doloso, de acordo com registros do tribunal.
Em uma confissão de apenas uma frase, Hernandez disse à polícia que ele "estrangulou Etan Patz e colocou-o dentro de um saco plástico, assim causando a morte de Etan Patz, em ou aproximadamente em 25 de maio de 1979, no porão de 448 West Broadway", segundo a instituição.
Stan Patz, pai do garoto desaparecido Etan Patz, perto da sua casa nesta sexta (25), dia em que o assassino confesso foi acusado de homicídio doloso (Foto: AP)Stan Patz, pai do garoto desaparecido Etan Patz, perto da sua casa nesta sexta (25), dia em que o assassino confesso foi acusado de homicídio doloso (Foto: AP)
O desaparecimento de Patz levou o então presidente Ronald Reagan a promulgar a Lei de Assistência às Crianças Desaparecidas em 1984, incentivando a fundação de uma organização sem fins lucrativos voltada a crianças desaparecidas e provocando mudanças na maneira como o público e a polícia respondem às denúncias deste tipo. Como consequência, Patz foi uma das primeiras crianças desaparecidas cujo rosto apareceu em uma caixa de leite solicitando ao público informações sobre seu paradeiro.
Patz disse a seus pais que ele planejava parar na loja para comprar um refrigerante antes de embarcar no ônibus, e Hernandez agora diz que atraiu o menino ao porão com a promessa de um refrigerante gratuito.
Cartaz de desaparecido do garoto Etan Patz (Foto: AP)Cartaz de desaparecido do garoto Etan Patz (Foto: AP)
Confissão
Na terça-feira (22), o chefe da polícia da cidade, Ray Kelly, anunciou que Hernández confessou ter estrangulado Etan no porão de um mercado de Manhattan, perto do ponto de ônibus, com a promessa de um refrigerante.
Depois de asfixiar a criança, Hernández embrulhou o corpo em um saco plástico e o colocou no lixo, de acordo com Kelly.
"Os restos do menino nunca serão recuperados", acrescentou.
Patz foi declarado morto em 2001 e, ainda que ninguém tenha sido formalmente culpado por sua desaparição, sua família ganhou em 2004 um processo civil de dois milhões de dólares contra José Antonio Ramos, noivo da babá de Patz, atualmente preso por pedofilia.
Em abril, depois de anos de silêncio, a polícia e o FBI reabriram a investigação gerando bastante inquietação ao realizar uma escavação no porão da esquina da rua onde ainda vivem os pais de Etan.
Munidos de martelos, dezenas de investigadores quebraram o piso de concreto do porão para chegar à terra e à base dos muros, antes de coletar evidências para análise. Nada foi encontrado.
Contudo, foi após esse episódio que a polícia recebeu a pista que os levou ao assassino.
Hernández é o terceiro homem identificado como suspeito no caso, mas o primeiro a ser acusado.
Em 1983, o presidente Ronald Reagan declarou a data de 25 de maio como o "Dia Nacional do Menino Desaparecido", em homenagem ao pequeno Etan. Um ano depois, foi criado o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas.
Fonte:G1

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