O representante da associação afirmou que "aparentemente, são inúteis as medidas legais para induzir os motoristas a evitarem a bebida e a conduzirem seus veículos com responsabilidade e respeito pela vida própria e alheia", uma vez que milhares de inocentes continuam morrendo "vitimados pela ação irresponsável e assassina de motoristas embriagados, a quem chamo de assassinos do asfalto".
Diniz questionou também as penas destinadas àqueles que causam acidentes após beber.
"Quais são as punições a eles impostas? Doação de cestas básicas, calcada em uma lei e códigos retrógrados que comparam a vida de nossos filhos a grãos de arroz e feijão? Senhores da lei, quanto vale a vida dos seus filhos?"
Ele sustentou que a lei ainda é frágil e enfraquece a força policial, alimenta a impunidade e coloca cada vez mais a população "nas garras dos assassinos sobre rodas".
"Nossa legislação relativa ao tema da direção perigosa ainda é do tempo em que só havia bêbados de botequim que não dirigiam e nem tinham meios para possuir veículos. Era o bêbado de fala pastosa, grudento, que não ia além do incômodo a terceiros, mas cuja proximidade ninguém queria. O novo bêbado brasileiro tem outras referências: quase sempre tem recursos, a começar o próprio carro, além de cúmplices e protetores, alguns com influência política, e considera-se acima dos deveres sociais. Não bebe por apego à bebida, mas por egoísmo e prepotência. Julga-se onipotente", asseverou Fernando Diniz.
Por fim, defendeu que é preciso uma união sólida por parte da sociedade. "Os cidadãos de bem e as organizações públicas e privadas com responsabilidade social aguçada precisam se unir e mostrar forças e apoio nesse momento. Todos juntos e cada um de nós separadamente somos muito importantes nessa corrente em defesa da lei que salva vidas".
Fonte:Direito2
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