quinta-feira, 21 de junho de 2012

Meninas que arrancaram coração de amiga depõem hoje

O delegado deve ouvir os pais de uma das suspeitas hoje. Ontem, a mãe de Fabíola prestou depoimento



As adolescentes de 13 anos suspeitas de matar e arrancar o coração da amiga se apresentam nesta quinta-feira (21) à Justiça. As jovens vão ser ouvidas pela juíza de Igarapé, na região metropolitana, que deve marcar a data da primeira audiência de instrução sobre o caso.
Na quarta (20), o delegado Enrique Solla ouviu a mãe da vítima, depoimento que não trouxe novidades para o caso, pois ela já havia relatado tudo aos policiais por telefone. A mãe contou à reportagem do R7 MG que a filha mudou de comportamento desde que começou amizade com as suspeitas. A adolescente apresentava temperamento agressivo e quase não ficava em casa, o que levou a família a desconfiar do envolvimento com o tráfico de drogas.
Nesta semana, o delegado Enrique Solla também colheu depoimento do padrasto e da mãe de uma das meninas, que afirmaram não ter mais controle sobre as atitudes da filha. Hoje, os pais da outra suspeita devem ser ouvidos.
Ainda segundo o delegado, os traficantes que namoravam as duas jovens estão foragidos. Os homens já foram identificados, assim como outros envolvidos nas ameaças de morte contra elas. As meninas estavam no meio de uma guerra entre facções que está sendo investigada pela polícia.
O corpo de Fabíola Corrêa ainda não foi liberado. A Polícia Civil aguarda o laudo da necrópsia.

O caso
Fabíola Corrêa, de 13 anos, foi levada para um matagal conhecido como mata do Japonês, e jogada no chão. Uma das adolescentes contou que encostou uma faca no pescoço da vítima, que tentou se defender. Na briga, a garota acabou sofrendo um corte no pescoço e caiu. Com a situação fora de controle, as outras jovens resolveram matá-la ali mesmo. Fabíola ainda foi agredida com golpes de barra de ferro na cabeça.
Uma das meninas confessou o crime para a polícia, e disse que a intenção delas era "dar um susto" em Fabíola para que, caso ela fosse pega por membros da gangue rival, não contasse detalhes do envolvimento das garotas com o tráfico de drogas.
Segundo o delegado Enrique Solla, a adolescente contou também que, com Fabíola já caída, as duas abriram o peito da garota e arrancaram o coração dela, que ainda batia. A intenção seria levar o órgão como uma espécie de prova para contar às suas mães que estavam sendo ameaçadas por traficantes.

Fonte:R7

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