Autoridades americanas acusam um homem de ter torturado e escravizado sua mulher, Stephanie Lizon, por mais de uma década no Estado da Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos.
Peter Lizon, 37, natural da República Tcheca, foi preso na quarta sob fiança de US$300.000. Sua primeira audiência será na próxima sexta, pela manhã, na Corte do Condado de Jackson.
Associated Press |
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Peter Lizon, 37, em foto divulgada pelo Centro de Detenção Regional de Charleston, na Virgínia Ocidental |
Para Tony Boggs, chefe adjunto da corte, os ferimentos de Stephanie mostram que "ela foi abusada quase ao ponto da escravidão e da tortura".
Os investigadores têm 45 fotografias que mostram queimaduras nas costas e seios da mulher feitos com ferro e frigideiras, assim como cicatrizes em seus pulsos e tornozelos.
Segundo a acusação, Stephanie teve dois bebês no cativeiro. Um deles teria morrido logo após nascer (e foi enterrado na fazenda da família na Virgínia Ocidental) e outro sobreviveu, embora nunca tenha recebido nenhuma assistência médica.
O advogado de Peter Lizon disse que as acusações não passam de "produtos de uma imaginação fértil ou uma mente fraca" e argumentou que a denúncia não foi feita pela suposta vítima, Stephanie. Para a defesa, isso indica que as acusações são "flagrantemente falsas".
Tom Hindman/Associated Press | ||
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A residência do casal, no condado de Jackson, na Virgínia Ocidental, onde teriam ocorrido os abusos pelo marido |
FUGA
O caso veio a público após Stephanie fugir do marido no começo do mês enquanto o casal visitava um prédio comercial. A mulher conversou com funcionários de uma loja que lhe deram o contato de um abrigo que acolhia vítimas de violência doméstica.
Segundo os funcionários da loja, Stephanie parecia ter alguns ferimentos e cheirava mal, embora suas roupas estivessem limpas.
No abrigo, Stephanie contou a outra mulher os abusos que sofreu. Entre eles, que era acorrentada pelo marido e obrigada a se ajoelhar na sua presença.
Fonte:Folha de SP
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