sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Concentração nos Estudos: Uma Questão de Seguir em Frente!


Você tem dificuldade para se concentrar nos estudos? Tem facilidade para se dispersar? Se a resposta for positiva, de forma mais intensa ou mais moderada, saiba que pela mesma situação passa a maioria ou a quase totalidade de candidatos a concursos públicos. Assim, a grande questão é como lidar com isto e neutralizar a falta de concentração.
Primeiramente registro que já escrevi alguns textos sobre o tema da concentração e não pretendo repetir aqui o que já foi manifestado em outras ocasiões, de modo que desde já sugiro a leitura dos demais textos sobre o tema publicados aqui no Blog. Por outro lado, também não é minha intenção ficar explanando achismos e reproduzindo “mais do mesmo”, como faz a maioria dos “especialistas sem especialização” em preparação para concursos públicos.
Neste sentido, a principal ideia a ser sustentada neste texto, com os fundamentos correspondentes e que exigem a devida compreensão, inclusive para implementar a proposta de como se concentrar, é de que concentração é uma questão de seguir em frente! Como assim? E como fazer isto?
Vamos partir das premissas básicas e necessárias para entender a concentração. Conceitualmente, a concentração consiste numa de nossas funções cognitivas, correspondente à capacidade de captar e selecionar estímulos, seja ele (estímulo) qual for (ver “Como se Preparar para Concursos com Alto Rendimento”. Ed Método).
Portanto, se estamos estudando por um livro ou assistindo uma aula, a informação do livro ou a exposição do professor são os estímulos-alvos, os que devemos selecionar e captar. Porém existem fatores que contribuem ou atrapalham a concentração, os quais podem serexógenos, que consistem nos fatores ambientais, como por exemplo o barulho, e endógenos, como por exemplo os problemas pessoais que nos atormentam no momento em que pretendemos estudar.
Diante destas premissas, teoricamente, como já trabalhado em outros textos, se manter concentrado significa não trocar por outro o estímulo principal eleito como alvo atencional.
Obviamente que é preciso, antes de começarmos a estudar, trabalhar os fatores exógenos e endógenos. Principalmente os exógenos, sobre os quais é mais fácil termos controle e interferir, já que, quanto às condições emocionais (endógenos), como por exemplo os problemas que carregamos e podem nos atormentar desviando o foco atencional, não temos tanto controle.
Exatamente por isto, em outras ocasiões, havia levantado a importância de pensar no local de estudo, e até mesmo no deslocamento para o local de estudo.
Mas o fundamental, nos termos da proposta do presente texto, é tomarmos consciência e nos convencermos de que concentração se trata de uma questão de seguir em frente!
Ou seja, desconcentrar-se significa mudar o foco atencional. Por exemplo, estamos na aula ou estudando por um livro e pegamos nosso celular para ver se há mensagem de texto ou email recebido. Depois, vamos ler a mensagem ou o email. Na seqüência, “vamos embora” em pensamentos no assunto da mensagem ou do email, isto quando não – que é o pior de tudo, respondemos.
Obviamente que o problema, a princípio, teria começado no momento em que pegamos o celular. Porém, na verdade o problema começou antes, quando, por algum motivo, tiramos o nosso foco atencional no objeto de estudo (livro ou aula) e pegamos o celular.
Por isto sustento que se manter concentrado significa seguir em frente!
Se tivéssemos mantido o foco atencional no livro ou no professor, não teríamos pego o celular.
Contudo, por algum motivo, fomos tentados a pegar o celular. Neste momento, naquele fatídico segundo, o que deveríamos ter feito? Seguido em frente no objeto atencional eleito, isto é, o livro ou a aula.
Isto é simples e fácil? Obviamente que não! Mas há dois detalhes de fundamental importância que precisamos entender.
O primeiro é que tudo muda a partir do momento em que temos consciência do fenômeno e do processo. A verdade nos liberta! Por isto a minha resistência com os “especialistas sem especialização” em preparação para concursos, que desenvolvem abordagens na base do achismo.
Assim, o primeiro passo é tomar consciência. É identificar quando o fenômeno ocorre, até para que possa se policiar e reagir. Até para que se possa saber o que está acontecendo e quando está acontecendo.
O segundo detalhe é que com o tempo, isto é, quanto mais se estuda, a facilidade em lidar com esta situação aumenta.
Contudo, independente disto, precisamos ser fortes, para lutar no sentido de manter o foco atencional naquilo que interessa. Ou seja, para seguir em frente!
Siga em frente no seu foco atencional!
Fonte:Rogério Neiva

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