Nesta semana, o ministro relator, Joaquim Barbosa, já condenou 12 réus pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro de formação de quadrilha
Responsável pela acusação contra os 38 réus do mensalão – 37 respondem pelos crimes no Supremo Tribunal Federal (STF) –, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quinta-feira que as condenações impostas pela corte servem de alerta para que políticos corruptos saibam que a Justiça brasileira não vai mais tolerar esse tipo de conduta.
Apenas nesta semana, o ministro relator do mensalão, Joaquim Barbosa, condenou 12 réus pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro de formação de quadrilha.
O magistrado confirmou que os parlamentares venderam apoio político em troca da formação da base de apoio ao então governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
“É preciso o país entender de uma vez por todas que esse tipo de conduta não é mais compatível com o estágio a que chegou nossa democracia. É inadmissível que esse tipo de prática persista”, disse o chefe do Ministério Público ao acompanhar a 26ª sessão plenária de julgamento do mensalão. “Se temos aqui um juízo condenatório dos réus, temos de certa forma um juízo condenatório desse tipo de prática e aquele alerta de que quem proceder dessa forma poderá ter o mesmo destino que devem ter os réus dessa ação penal”, completou ele.
Para Roberto Gurgel, práticas corriqueiras na política brasileira, como corrupção e desvirtuamento do mandato parlamentar, tendem a ser influenciadas pelas condenações do mensalão. “Certas práticas infelizmente muito frequentes na polícia brasileira tendem a ser reduzidas ou pelo menos a despertar uma preocupação e um temor maior na parcela de pessoas que realizam frequentemente essas práticas”, disse.
Fonte:Veja
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