sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Penas de Marcos Valério já implicam regime fechado

O STF condenou ontem (14) por lavagem de dinheiro oito dos dez réus acusados do crime. Os ministros entenderam que o esquema operado por Marcos Valério, com ajuda de dirigentes do Banco Rural, usou de mecanismos para ocultar e dissimular a origem do dinheiro público desviado para abastecer políticos da base aliada do então governo Lula. 
 
Com o resultado de ontem, Valério e seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach já somam condenações suficientes para receber pena de, pelo menos, 13 anos, em regime fechado. Esse quantificação considera a pena mínima para duas condenações por corrupção ativa, três por peculato e uma por lavagem de dinheiro. 
 
O próximo passo será analisar se há provas para também condenar os políticos acusados de receber propina. 

Ontem, também foram condenados por lavagem o advogado Rogério Tolentino, a ex-diretora financeira da SMP&B Simone Vasconcelos e os dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinicius Samarane. 
 
Duas rés foram absolvidas: a ex-diretora do Banco Rural Ayanna Tenório, inocentada por unanimidade, e Geiza Dias, ex-secretária de Valério. Funcionária subordinada a Simone, Geiza foi absolvida por sete votos a três, por não saber da origem e destinação ilícita dos recursos. 

José Dirceu no próximo capítulo 


O Supremo inicia na próxima segunda-feira o julgamento do capítulo 6, o maior do processo do mensalão. Tem 23 réus e trata do pagamento de propinas a políticos da base aliada do governo Lula. 
 
Entre os réus acusados de corrupção passiva estão Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). No fim desse capítulo, serão julgados pela primeira vez o ex-ministro José Dirceu e Delúbio Soares, ambos acusados de corrupção ativa.

Fonte espaço vital

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