quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TJ-RJ nega habeas corpus para falso pai de santo que prometia a pessoa amada em 3h


  • Segundo a reprodução de um anúncio publicitário que está circulando pelas redes sociais, o pai de santo Edmar dos Santos Araújo cobrava R$ 37 para "trazer a pessoa amada em três horas".
    Segundo a reprodução de um anúncio publicitário que está circulando pelas redes sociais, o pai de santo Edmar dos Santos Araújo cobrava R$ 37 para "trazer a pessoa amada em três horas".
O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) indeferiu o pedido de habeas corpus feito pela defesa do falso pai de santo Edmar dos Santos Araújo, 23, o "pai Bruno da Pombagira", que prometia "trazer a pessoa amada em três horas", segundo panfletos publicitários que circulavam com a imagem do religioso. A decisão foi divulgada na quarta-feira (5).
Araújo, que atuava na cidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense, foi preso no dia 27 de junho e indiciado pela Polícia Civil por estelionato, extorsão e formação de quadrilha. O falso pai de santo cobrava R$ 37 de seus clientes pelo pacote "trabalho + consulta", conforme o próprio anunciava em seus panfletos. De acordo com o material, o religioso já teria "resolvido mais de dez milhões de causas".
Bruno da Pombagira foi detido após investigações da 14ª DP (Leblon), que recebeu mais de 20 denúncias de pessoas que se sentiram enganadas pelas promessas do religioso. No decorrer dos trabalhos, os agentes da Polícia Civil descobriram que o falso pai de santo estava cobrando R$ 1.000 de uma vítima mediante ameaça de morte.
Além do religioso, os agentes prenderam Alex Alberto de Souza, que exercia a função de motoboy e dava apoio à quadrilha (ele também foi indiciado), e as irmãs Viviante Souza e Luciana Duarte Reis. Ambas são acusadas de intermediar por telefone o contato com as vítimas, e respondem pelos mesmos crimes. Todos os envolvidos estão presos.
Segundo denúncia do Ministério Público protocolada na 27ª Vara Criminal, os criminosos atuavam de forma organizada, e cada um tinha uma função específica. Quando reclamavam a respeito do não cumprimento das promessas do religioso, as vítimas eram ameaçadas através de contato telefônico e obrigadas a pagar quantias além dos supostos serviços prestados.
O motoboy integrante da quadrilha era o responsável por receber o dinheiro da extorsão. De acordo com as investigações, um policial militar ainda não identificado também fazia parte do esquema.
Todos os acusados negaram os crimes apontados pela polícia e pelo MP. De acordo com a Polícia Civil, o indiciamento nada tem a ver com a questão religiosa, e sim com a prática de extorsão, já que vários clientes foram ameaçados pelos membros da quadrilha.
Fonte:Uol

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