terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Advogado é investigado por suspeita de ordenar chacina em São Paulo


Defensor teria mandado traficantes matarem quem roubou sua casa.
Quatro foram mortos em 2012; DHPP pediu prisão de executores.


Um advogado é investigado pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de ter ordenado traficantes executarem a tiros quatro pessoas que teriam assaltado sua residência, na Zona Leste da capital paulista. A chacina ocorreu em 17 de fevereiro de 2012, na região de Itaquera, de acordo com o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Em janeiro deste ano, a 3ª Delegacia de Polícia de Repressão à Homicídios Múltiplos e Latrocínios do DHPP pediu à Justiça mandados de busca e apreensão para o imóvel do advogado. Ele é investigado como o possível mandante da chacina. Também foram solicitadas as prisões temporárias do irmão do defensor e de mais outros dois suspeitos de serem os executores das vítimas. Os nomes dos investigados não foram divulgados para evitar prejuízo à apuração policial.

De acordo com o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, a Justiça determinou o cumprimento dos mandados.

“Eles estão sendo cumpridos, inclusive o mandado de busca e apreensão à casa do advogado, que é investigado por suspeita de ser o mandante da chacina. A prisão dele ainda não foi pedida porque a participação dele está sendo apurada. Já os três suspeitos de executarem a chacina tiveram a prisão decretada pela Justiça e são procurados”, disse o delegado Luiz Teixeira, nesta terça-feira (5) ao G1.

Segundo a investigação, algumas das quatro vítimas tinham passagens pela polícia por outros crimes. Elas teriam sido mortas a tiros como forma de represália por terem roubado a casa do advogado. Testemunhas contaram aos policiais que o advogado mandou o irmão dele, que comandaria o tráfico na região de Itaquera, matar quem roubou seu imóvel.

Ainda segundo parentes dos mortos, o traficante então convocou mais dois comparsas e os três seguiram de carro para a residência onde estavam as quatro vítimas. Ao chegarem, atiraram nelas e fugiram. Os três suspeitos da chacina já teriam sido defendidos pelo advogado anteriormente.

G1

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