Eles integravam organização criminosa que, a partir de Uberaba/MG, importava cocaína boliviana e a distribuía principalmente para o Estado de São Paulo
Uberaba. O Ministério Público Federal (MPF) em Uberaba denunciou 18 pessoas por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. Alguns irão responder também por posse ilegal de arma de fogo.
Os crimes foram descobertos no final do ano passado a partir de investigações da Polícia Federal em Uberaba, com a apreensão de grande quantidade de cocaína de origem boliviana na região do Triângulo Mineiro e nos municípios de Ribeirão Preto/SP, Rio Verde/GO e Santa Rita do Trivelato/MT.
As investigações acabaram apontando para a existência de uma quadrilha baseada em Uberaba, que transportava a droga boliviana pelos estados de Mato Grosso e Goiás, com destino ao Triângulo Mineiro, de onde era distribuída para outros estados.
No total, mais de 1,2 toneladas da droga foram apreendidas.
A organização criminosa era chefiada por um vendedor e um policial civil aposentado. Eles negociavam a cocaína no atacado, importando-a e destinando-a à revenda para outros traficantes.
Segundo a denúncia, a cocaína adquirida na Bolívia era transportada por via terrestre ou aérea e, para a realização desse transporte, os acusados se valiam de caminhões, automóveis e até um avião de pequeno porte. Em poder de alguns denunciados, também foram encontradas munições e armas, algumas delas de uso restrito, como um fuzil AK-47 fabricado na Hungria.
Cada integrante da quadrilha exercia funções específicas na organização, que iam do fornecimento de conta bancária para movimentação dos valores, fornecimento dos dados pessoais para abertura de empresas, pilotagem do avião ou condução dos caminhões, até a administração financeira e coordenação da logística de aquisição, transporte, depósito e distribuição da droga.
As penas para o tráfico internacional de drogas vão de 5 a 15 anos, devendo ser aumentadas de um sexto a 2/3 por se tratar de delito transnacional. A associação para o tráfico prevê pena de 3 a 10 anos. Já os crimes de porte ou de posse ilegal de arma de fogo tem penas que variam de 1 a 6 anos de prisão.
Dos 18 acusados, doze encontram-se presos.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em Minas Gerais
Nenhum comentário:
Postar um comentário