Atleta afirmou que a noite foi tranquila, mas vizinho revelou que o casal discutiu
O fato de o casal ter brigado faz a acusação de assassinato premeditado ganhar força. Os gritos de mulher ouvidos entre os primeiros tiros e os últimos disparos também reforçam a tese da acusação
O testemunho foi lido pelo promotor Gerrie Nel no segundo dia da audiência preliminar do caso, em que Pistorius esperava conseguir direito a fiança para aguardar o julgamento em liberdade. Para complicar ainda mais a situação do corredor, ele também foi indiciado por posse ilegal de munições, informou a polícia sul-africana. "Encontramos uma caixa de cartuchos calibre 38 especial", disse o detetive Hilton Botha. O policial explicou que Pistorius não tinha permissão para este tipo de munição. O grande revés para o atleta nesta quarta, porém, foi mesmo o relato do vizinho, já que Pistorius garantia não ter brigado com Reeva e ter achado que a namorada estava dormindo no momento dos tiros. O fato de o casal ter brigado faz a acusação de assassinato premeditado ganhar força. Os gritos de mulher ouvidos entre os primeiros tiros e os últimos disparos também reforçam a tese da acusação. Na terça, o promotor Gerrie Nel acusou formalmente o atleta de "disparar e matar" de forma premeditada "uma mulher inocente e desarmada". Segundo a promotoria, Pistorius sabia que estava atirando na namorada, que estava agachada atrás da porta do banheiro da casa de luxo do corredor.
(Com agência France-Presse)
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