Grupo Ciências Criminais: Coluna da Dra Juliana Pavan: Minha primeira coluna e um grande desafio pela frente

É com enorme satisfação que escrevo minha primeira coluna para o Grupo Ciências Criminais. Sou leitora assídua do Blog, desde os estudos para a OAB, como agora para Concursos e Pós-Graduação.
Antes de tudo, gostaria de dizer que não sou escritora profissional, e ainda não sou professora (muito embora esteja estudando para isso). Sou Advogada (recém-aprovada na OAB), Concurseira (quero ser Defensora Pública) e Pós-Graduanda em Ciências Penais, pela Rede de Ensino LFG. Sei muito bem como é a ânsia de estudar para o Exame de Ordem e estou enfrentando o difícil, mas prazeroso, mundo dos Concursos.

Como escrever uma coluna? Será que quem ler gostará do que está escrito? Foi buscando responder estas questões tão logo eu soube que escreveria uma coluna semanalmente que descobri que na verdade terei de aprender também. E isso se dará treinando e buscando aperfeiçoar a cada semana.

Refletindo sobre o tema que eu escolheria para as minhas colunas e como eu as escreveria, cheguei à conclusão de tentar passar aos examinandos um pouco desta minha caminhada, demonstrando a forma de estudar que me ajudou muito a passar na OAB, bem como a maneira que tenho adotado para fazer provas de Concurso.

Minha trajetória é recente, mas houve um dia que eu decidi enfrentar os desafios que uma recém formada em Direito tem pela frente: estudar para a OAB, sem a certeza de quando seremos aprovados, a falta de oportunidades no mercado aos bacharéis, decidir qual concurso eu iria focar, o que eu realmente queria ser, enfim, um turbilhão de coisas na minha cabeça.

Apesar de todas as dúvidas que me assolavam, eu sempre tive apenas uma certeza: que eu iria seguir, apesar de todas as dificuldades, na área Penal. É aqui que o Grupo Ciências Criminais se tornou fundamental e hoje posso fazer algo que tenho prazer: escrever sobre Direito Penal, respeitando os limites do meu conhecimento.

Desta forma, penso que o intuito da minha coluna é trazer aos concurseiros (no sentido amplo) aspectos do que mais tem sido cobrado nas provas de Penal. Desta feita, não vislumbro forma melhor de trabalhar o assunto se não por meio de resoluções de questões.
Sabemos o quão preparado temos de estar para enfrentar uma prova hoje em dia, visto a concorrência e outros fatores. Muitas vezes sabemos o conteúdo, mas a falta de treino faz com que nosso desempenho na hora da prova seja reduzido.
Penso que não há forma melhor de estudar e fixar a matéria, se não resolvendo muitas e muitas questões (e quando eu digo muitas, são muitas mesmo). Foi assim que passei na OAB e assim que estudo para os diversos concursos que tenho feito.

Buscarei ao máximo ser didática nos meus textos, pois quero que quando estiverem lendo sintam como se fosse uma conversa. Simples assim.

Minha idéia inicial, confesso, era já trabalhar uma questão na coluna de hoje. Mas preferi, neste momento, me apresentar e apresentar a proposta que trarei ao escrever semanalmente.

O mais importante que aprendi, mais precisamente nesse último ano, é de traçar metas. Não podemos desejar tudo, e sair por ai desesperadamente prestando provas e mais provas. É fundamental que tenhamos uma meta e a partir desta meta traçarmos um método de estudos.

Como disse, eu particularmente, decidi pela Defensoria Pública. Já faz um bom tempo, tive a sorte de neste sentido não ter dúvidas, mas é cediço que nem sempre isso ocorre. Paralelamente, a dificuldade no mercado de trabalho muitas vezes faz com que tenhamos que procurar soluções alternativas à nossa área, o que acaba nos afastando dos estudos. Por isso se temos um objetivo, apesar da dificuldade, não nos afastaremos do que queremos, e estaremos estudando para isso.

Os melhores professores que tive, na maioria das vezes, foram aqueles que além de matéria, me ensinaram a estudar. Sim, temos de ter muita disciplina para estudar. Primeiro que muitas vezes nosso tempo é reduzido e segundo que temos que determinar um momento só para os estudos e nos concentrarmos, o que, por experiência própria, constatei que talvez seja a parte mais difícil.

Mas temos que tentar, e é tentando, errando, tentando de novo que começaremos a acertar. A verdade é que estamos buscando a mesma coisa. Estamos buscando termos de fato uma profissão, uma especialização, um espaço no mercado, enfim, um mar de oportunidades que o Direito nos oferece.

Primeiro de tudo penso que tem de ser apresentado a vocês o tema que eu escolhi para tratar naquela semana e, antes de lhes apresentar uma ou duas questões, trazer os aspectos importantes e que mais têm sido cobrados. Assim, tão logo eu apresente algumas considerações sobre o tema, apresentarei algum comentário de um professor sobre o assunto e então, apresentarei uma ou duas questões e comentarei sobre elas.

Mostrando de fato, o que pode nos fazer ter dúvida na hora da prova. A realidade é que uma questão pode fazer – e faz – toda a diferença no final. Seja num concurso, onde errar uma questão importa diretamente na nossa classificação, como no Exame de Ordem, onde sabemos o drama que muitos candidatos enfrentam ao ficarem com 38 ou 39 questões.

E sabemos que muitos destes candidatos eram aptos à segunda fase, contudo, por desatenção ou falta de treino acabam deixando essa questão pelo caminho.

Adianto que o primeiro tema que trarei na semana que vem é sobre Prisões, tema que tem recorridamente caído, e também porque é um tema de muita importância. Falarei também das importantíssimas mudanças que a Nova Lei de Prisões, Lei n. 12.403/11, trouxe.

Assim, finalizo minha apresentação na primeira coluna, com a sensação de que temos um grande
desafio pela frente, mas que sem dúvidas escreverei com muito prazer, sem nunca esquecer que estamos juntos na busca por dias melhores, e eles com certeza virão, e nenhum sacrifício será deixado sem recompensa, tenham certeza disso.

Sugestões são muito bem-vindas!

Bons estudos e até a próxima semana.

Juliana Pavan