sexta-feira, 26 de abril de 2013

Justiça condena Ângelo Calmon de Sá a quatro anos de prisão em regime semi-aberto

Na manhã da segunda-feira 13, Ângelo Calmon de Sá, de 65 anos, saiu de sua mansão, no alto de Ondina, e atravessou Salvador para assistir a uma palestra do sociólogo italiano Domenico De Masi. O ex-dono do Banco Econômico passou quase uma hora na Sala Iemanjá do Centro de Convenções. Ouviu com atenção a conferência do pregador da teoria do ócio como ferramenta de criação. Há 55 meses, desde a quebra do Econômico, sobra tempo na vida de Calmon de Sá. O item mais constante da agenda do ex-banqueiro tem sido conversas com advogados. É réu em 25 processos. Aguarda, também, um acerto com o Banco Central sobre o rombo de US$ 4 bilhões do Econômico. Como os ativos ficaram mais valorizados que as dívidas, poderá tornar-se milionário outra vez. Aconselhado por advogados, Calmon de Sá começou a preparar a volta à cena pública. Convidado da cantora Daniela Mercury, ex-cliente do Econômico, passou o Carnaval acompanhando de um camarote o desfile de trios elétricos. Bebeu, dançou e reencontrou velhos amigos, como Benito Gama, secretário de Indústria e Comércio da Bahia. A descontração acabou na terça-feira 14, quando Calmon de Sá foi surpreendido por uma decisão do juiz Márcio Flávio Mafra Leal, da 2a Vara Federal. Ele havia sido condenado a quatro anos de prisão em regime semi-aberto por crimes contra o sistema financeiro. Mantida a sentença pelos tribunais superiores aos quais vai recorrer, o ex-banqueiro terá de passar metade dos dias, durante 48 meses, em uma penitenciária. Na companhia do ex-vice-presidente do banco, Roberto Calmon de Barros Barreto Filho. 

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