terça-feira, 6 de agosto de 2013

'Eles não tinham inimigos', diz vizinha de família morta em chacina em SP

O sargento Luis Marcelo Pesseghini e o filho Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini foram mortos a tiros em São Paulo Foto: Facebook / Reprodução


O sargento Luis Marcelo Pesseghini e o filho Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini foram mortos a tiros em São Paulo

Artesã acredita ser "impossível" que o menino Marcelo Eduardo, 13 anos, tenha matado a família e cometido suicídio



Moradora há 32 anos da rua em que cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite da última segunda-feira na Brasilândia, zona norte de São Paulo, a artesã Rosimery Teixeira, 50 anos, disse que o sargento Luis Marcelo Pesseghini, da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), e a mulher dele, Andreia Regina Bovo Pesseghini, não tinham inimigos. Além deles, foram assassinados o filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, a mãe de Andreia, Benedita de Oliveira Bovo, 67 anos, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, irmã de Benedita.
"Eles não tinham inimigos e nenhum receio de ser PM. Ele (Marcelo) sempre chegava feliz em casa. (...) Minha casa fica nos fundos, a gente sempre escuta barulho de moto", disse ela, afirmando não ter ouvido barulho de tiros. Para a artesã, é "impossível" que o menino tenha executado a própria família e depois cometido suicídio.
"O Marcelinho não era capaz de fazer isso. Ele era muito amável, tinha um carinho enorme pela avó. Eu acho impossível, ele não ia sozinho nem ao mercado, quanto mais dirigir um carro", ressaltou. 
Os investigadores devem pedir à direção do Colégio Stella Rodrigues, onde Marcelo estudava, para ter acesso às imagens das câmeras de segurança. Eles buscam descobrir por que o carro de Andreia estava estacionado em frente ao colégio. De acordo com Rosimery, o garoto sempre ia embora de van escolar para casa.
Doença rara
A artesã informou ao Terra que Marcelo Eduardo tinha poucos amigos e sofria uma doença rara (fibrose no pulmão), mas era uma "criança normal": "Eu não sei dizer o que era, mas ele fazia tratamento e corria risco de vida. Desde muito pequeno ele tinha uma doença rara. (...) O menino não tinha muitos amigos, mas era uma criança normal".
Dois policiais civis foram na manhã desta terça-feira à escola onde ele estudava. O colégio ficou fechado hoje devido ao crime. Todas as vítimas foram mortas a tiros sob circunstâncias que ainda não foram esclarecidas. Porém, a Polícia Militar descartou que a chacina tenha sido um ataque.
terra

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