Reconhecendo um dos assaltantes como marido de uma ex-funcionária da lanchonete e de posse das características do veículo usado na fuga, a vítima acionou a Polícia Militar, que rapidamente chegou ao local. Orientados pelo casal sobre o possível endereço dos suspeitos, os PMs Paim e Palaro, ambos da 6º Companhia, chegaram até uma casa, na rua Bahia, Vila Aparecida, onde um Tempra de cor escura estava estacionado e com o motor ainda quente.
Assim que avistou os policiais, um homem que aguardava na esquina tentou correr, mas foi rendido. Acompanhados pelo indivíduo suspeito, os policiais adentraram a residência e encontraram os três assaltantes, sendo um deles menor de idade (17 anos) e a estagiária. Em busca realizada dentro do Tempra, nenhum sinal da bolsa ou do dinheiro, mas foi avistado um extrato bancário, pertencente ao marido da vítima, e que também havia sido levado. Enquanto realizava busca pela casa e passava pelo jardim, o PM Paim notou que um pedaço do gramado estava “fofo” e, usando um pedaço de madeira, resolveu cavar. Sem qualquer dificuldade a grama se soltou e, escondidas dentro do buraco, estavam embrulhadas em uma blusa as três armas usadas no assalto: uma pistola 635, um revólver calibre 32 cano longo e um 38 - este último carregado.
Perguntados sobre a origem do arsenal, os suspeitos apontaram para a jovem estagiária de Direito, alegando que ela é que teria fornecido as armas. A moça confessou que havia subtraído as mesmas de uma sala do Fórum onde ficam recolhidas provas de crimes e, já no Plantão Policial, na presença do delegado Milessandro Moreti, ainda tentou convencer o mesmo que ela sozinha havia planejado e executado o assalto. “Ela está querendo assumir tudo, mas, segundo as informações que colhemos até agora, os três rapazes fizeram o assalto”, disse o delegado, que, ao final do flagrante que invadiu a madrugada de sábado, resolveu prender os dois maiores, de 26 e 20 anos, por roubo e formação de quadrilha. A estagiária e o outro menor envolvidos no crime foram mandados para a Fundação Casa. O homem que estava na porta da casa onde a quadrilha foi presa também foi liberado, pois não havia provas do envolvimento do mesmo com o assalto.
O delegado Milessandro Moreti não soube informar se havia alguma queixa de furto protocolada pela administração da repartição pública dando conta do extravio do armamento. Nenhuma autoridade responsável pelo Fórum foi localizada via telefone para comentar sobre o caso até o fechamento desta edição.
GNC
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