domingo, 12 de março de 2017

#ASSASSINOSEMSÉRIES: Marcelo Costa de Andrade – O Vampiro de Niterói


Marcelo Costa de Andrade é conhecido como o “Maníaco” ou “Vampiro” de Niterói. Ele, um garoto com cara de filhinho de papai de aparência inofensiva, é na verdade um psicopata religioso, um dos mais famosos seriais killers do Brasil. Filho de imigrantes pobres do Nordeste, Marcelo cresceu na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Ele viveu sem água corrente e apanhava regularmente do seu avô, do seu padrasto e da sua madrasta. Quando tinha 10 anos foi abusado sexualmente. Aos 14 começou a se prostituir para viver. Ele foi enviado para um reformatório, mas escapou. Aos 16 anos ele começou um relacionamento homossexual com um homem mais velho. Aos 17 anos tentou estuprar seu irmão de 10 anos.
Quando ele tinha 23 anos terminou sua relação homossexual e ele voltou a morar com sua mãe e seus irmãos que se mudaram para Itaboraí, cidade próxima a São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Lá encontrou emprego distribuindo panfletos de uma loja do bairro de Copacabana.
Ele também entrou para a Igreja Universal do Reino de Deus e começou a ir à igreja quatro vezes por semana. Apesar de algumas idiossincrasias e seu estranho e incoerente sorriso, sua vida parecia normal. Isto é, até Abril de 1991, quando aos 24 anos, ele começou a matar.Ao longo de um período de nove meses Marcelo registrou 14 mortes.
Suas vítimas eram meninos de rua que ele atraia para áreas desertas, estuprava e estrangulava. Ele também praticava necrofilia, decapitou um dos meninos, esmagou a cabeça de outro, e, em duas ocasiões, bebeu o sangue das vítimas.
Mais tarde, ele confessou que sua sede vampírica foi simplesmente para “tornar-se tão bonito quanto os meninos”. Violência no Rio é comum e a contagem de corpos por dia é tão grande que as autoridades nunca suspeitaram que o crescente desaparecimento de meninos pudesse ser trabalho de um serial killer. Geralmente eles são vítimas de grupos de extermínio.
Andrade confessou: “Eu preferia garotos porque eles são melhores e tem a pele macia. E o pastor disse que as crianças vão automaticamente para o céu quando morrem antes dos treze. Então eu sei que eu fiz um favor os enviando para o céu”.
Em dezembro de 1991 sua matança chegou ao fim quando ele “se apaixonou”, pelo garoto de dez anos Altair de Abreu e poupou sua vida. Marcelo encontrou o jovem e seu irmão de seis anos de idade Ivan no terminal de ônibus de Niterói.
Ele lhes ofereceu dinheiro para ajudar a acender velas para um santo na igreja de São Jorge. O sobrevivente à polícia: “Nós estávamos indo para uma igreja, mas como quando estávamos atravessando um terreno vazio, Marcelo virou Ivan e de repente começou a estrangulá-lo. Fiquei com tanto medo que eu não consegui fugir. Eu vi com atenção o horror, lágrimas escorriam pelo meu rosto, como ele matou e estuprou meu irmão.
Quando ele tinha acabado com Ivan, ele se virou para mim, me abraçou e disse que me amava”. Então ele convidou Altair para morar com ele. Assustado com a morte do irmão, o rapaz concordou em passar a noite com Marcelo no meio de arbustos. Na manhã seguinte, o assassino e o levou seu amado Altair para trabalhar com ele.
Quando chegaram o escritório estava fechado. O jovem aterrorizado conseguiu escapar. Ele pegou uma carona no caminho de volta para casa e disse à sua mãe que tinha se perdido de seu irmão. Alguns dias depois, pressionado por sua irmã, o menino disse a verdade. Enquanto isso Marcelo, um assassino verdadeiramente atencioso, voltou à cena do crime para colocar as mãos de sua vítima dentro da cueca ”para que os ratos não pudessem roer os seus dedos”.
Quando a família de Ivan foi à polícia, Marcelo, que manteve a sua rotina diária, foi preso calmamente na loja onde trabalhava no Rio de Janeiro. “Eu pensei que você ia vir ontem”, disse aos policiais. Inicialmente, a polícia pensou que o assassinato de Ivan era um caso isolado. No entanto, dois meses depois, a mãe de Marcelo foi chamado para depor sobre o estranho comportamento de seu filho.
Uma noite, ela disse, ele saiu de casa com um facão “para cortar bananas”. Ele retornou na manhã seguinte sem bananas. Em poucos dias Marcelo confessou 14 assassinatos e levou a polícia aos restos mortais de suas outras vítimas. Ele perguntou para policiais, se alguma vez pelo mundo, houve algum caso como o dele e disse que matou porque gostava dos meninos e não queria que eles fossem para o inferno.
Marcelo chegou a ser internado em um hospital psiquiátrico, mas hoje ele está na cadeia. Em fevereiro de 1997, Marcelo fugiu da cadeia e foi encontrado 1 dia depois no Ceará. Certa vez acreditavam que ele pudesse ter matado uma 15 vítima, dessa vez uma garota, mas, Marcelo disse que não matou nenhuma garota porque nunca gostou de garotas e que matar não adiantava, porque elas não iriam para o Céu de maneira nenhuma.

domingo, 5 de março de 2017

#ASSASSINOSEMSÉRIES: O maníaco de Goiânia


Ele diz ter uma raiva incontrolável dentro de si. Isso seria a causa da morte de até 39 pessoas na capital de Goiás

Thiago Henrique Gomes da Rocha diz que foi estuprado por um vizinho na infância, que era vítima de bullying na escola e que foi traído pela namorada. Aos policiais, disse que convive com um ódio irracional e que, por causa dos traumas, aos 17 anos já tinha vontade de matar. Esses foram os combustíveis para, entre 2011 e 2014, ele supostamente assassinar 39 pessoas e se tornar conhecido como “Maníaco de Goiânia”.
Thiago tinha preferência por mulheres, mendigos e gays, e seu método era aleatório. Em geral, atirava na vítima a distância, de uma moto, para logo em seguida fugir. Mas outras vítimas foram estranguladas ou mortas a facadas. Capturado em 2014, aos 26 anos, confessou cada um dos assassinatos, sem arrependimento. Ainda está aguardando julgamento, e sua defesa pede absolvição alegando que o réu é doente mental.
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Infância e adolescência

Tiago nunca conheceu o pai, que abandonou a família. Foi criado pelos avós e pela mãe, que teve um relacionamento com outro homem, raramente visto pelos vizinhos. Na época em que cometeu os crimes, moravam apenas ele e a mãe na casa. Nos depoimentos iniciais, afirmou que na infância havia sido abusado sexualmente por um vizinho e que teria sofrido bullying na escola e desilusões amorosas. Estes fatos, segundo disse, teriam provocado nele um acentuado sentimento de raiva.

Convívio social e familiar

Com um comportamento tímido, não despertava qualquer suspeita entre as pessoas que conviviam com ele, nem mesmo entre seus familiares e a própria namorada. Tiago morava com sua mãe. Um outro irmão mais novo, casado, não morava com eles.
Seu último emprego foi como vigilante em um hospital materno infantil, em regime de plantão. Tinha um relacionamento normal no trabalho, segundo seus colegas. Havia sido contratado dois meses antes de ser preso e estava ainda em fase de experiência na empresa, tendo passado por todo o processo necessário para a contratação.

Investigações

No curso das investigações, a Polícia Civil de Goiás obteve várias imagens de Tiago captadas por câmeras de segurança instantes depois e próximas aos locais dos crimes. Em algumas delas, ele aparece empunhando uma arma, em assaltos a pontos comerciais. A polícia procurava por um homem alto (aproximadamente 1,87m de altura), branco, com porte atlético que dirigia (de forma curvada, ocasionada pela altura avantajada) uma moto preta e capacete também preto.

Prisão

No dia 2 de agosto de 2014, minutos após o assassinato da adolescente Ana Lídia Gomes, de 14 anos em um ponto de ônibus do Setor Morada Nova, em Goiânia, a motocicleta que Tiago pilotava foi fotografada ao passar acima da velocidade permitida em um radar no Bairro São Francisco que fica nas proximidades. Como a placa do veículo era roubada, não foi um fato conclusivo para se chegar ao autor.
Em 4 de agosto, foi implantada uma força-tarefa pela polícia civil, da qual participaram dezesseis delegados, trinta investigadores e dez escrivães. As pistas investigadas, incluindo o registro fotográfico do radar, possibilitaram que a polícia chegasse até o autor dos crimes. Nas investigações, os policiais encontraram o registro da autuação entre cerca de 50 mil multas analisadas. Uma pista que também ajudou nas investigações foi a denúncia contra Tiago em 2013, por furtar uma placa de motocicleta no estacionamento de um supermercado, ação que foi registrada por uma câmera de segurança do estabelecimento. Além disso, ele já havia sido preso em flagrante e depois solto, também em 2013, por estar utilizando uma motocicleta com placa roubada. Estas pistas, entre outras, como os registros de câmeras de segurança em alguns assaltos que praticou, possibilitaram a emissão de um mandado de prisão para um homem branco e demais características físicas a que os investigadores haviam chegado e também as características da motocicleta e da placa adulterada. A prisão ocorreu no dia 14 de outubro de 2014 e Tiago foi encaminhado à Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) de Goiânia, onde foi interrogado e confessou os crimes. Em sua casa foram encontrados vários objetos reconhecidos como tendo sido utilizados nos crimes, incluindo um revólver, que confessou ter roubado da empresa de segurança em que trabalhava.
Uma semana depois da prisão, a polícia já tinha comprovado através de exames periciais, que pelo menos oito das vítimas tinham sido atingidas por projéteis disparados pela arma apreendida na casa de Tiago. O assassinato de um comerciante teria sido encomendado pela ex-mulher deste, por um pagamento de R$ 1 000,00, segundo seu depoimento.

Depoimentos iniciais e confissões

Tiago foi interrogado por oito delegados e durante os depoimentos, descreveu suas vítimas somente por números, "vítima número 1", "número 2", até chegar ao 39º assassinato. Dois dias depois de ser preso, tentou se matar, cortando os pulsos com o vidro de uma lâmpada quebrada, tendo sido socorrido, e os ferimentos considerados de pouca gravidade.
Em 22 de outubro, foi transferido para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Inicialmente foi instaurado um processo contra o réu por "posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito", crime para o qual é prevista prisão em flagrante.
Em novo depoimento, depois de sua transferência para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Tiago confessou ter matado 29 pessoas e não 39, que havia confessado nos depoimentos anteriores.

Avaliação psicológica

Em outubro de 2014, pouco antes de ser transferido para a penitenciária de Aparecida de Goiânia, Tiago passou por uma avaliação psicológica informal, que não fez parte do processo, que o definiu como tendo o perfil de um assassino em série, com um comportamento diferente dos psicopatas comuns.
No início de fevereiro de 2015, Tiago foi avaliado por dois psiquiatras da Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por um pedido formal dos juízes que presidem o processo. Nesta avaliação oficial, cujo laudo foi divulgado três semanas depois, Tiago foi diagnosticado como psicopata, mas considerado imputável (que é responsável legalmente e pode ser julgado pelos atos praticados).[

Assassinatos em série

Nos depoimentos iniciais, Tiago declarou que sua primeira vítima foi um rapaz de 16 anos, Diego Martin Mendes, em 2011. As duas próximas vítimas também foram homens, descritos por Tiago como homossexuais. Em seguida passou a matar prostitutas e moradores de rua. Tinha um padrão para estas primeiras execuções: prostitutas eram esfaqueadas, moradores de rua eram mortos a tiros e homossexuais eram estrangulados.
Em dezembro de 2012 matou mais um morador de rua e um outro em fevereiro de 2013. Em dezembro de 2013, assassinou uma jovem de 15 anos. A partir de então começou uma série de ataques apenas contra mulheres, a maioria jovens. Foram quinze mulheres assassinadas entre janeiro e agosto de 2014, todas mortas a tiros e sempre pilotando uma motocicleta, em que colocava placas roubadas.
Em 18 de janeiro, Tiago atirou em Bárbara Costa, de 14 anos de idade. No dia seguinte, foi a vez de Beatriz Moura, de 23 anos. Em 3 de fevereiro, matou Lilian Mesquita, de 28 anos. Em 14 de março foi Ana Maria, de 26 anos e em 23 de abril Wanessa Felipe, de 22 anos. Em maio e junho, matou mais sete mulheres, chegando a cometer dois assassinatos no dia 8 de maio e três no dia 15 de junho. Em julho, foram mais duas mortes e em 2 de agosto, supostamente o último assassinato, de Ana Lídia Gomes, de 14 anos.
Nos depoimentos seguintes, Tiago reduziu o número de assassinatos de 39 para 29, contudo as investigações continuaram em pelo menos 38 dos 39 confessados inicialmente.

Processos e condenações

Até março de 2016, havia 42 processos contra Tiago, sendo 35 por homicídio.
Em abril de 2015, Tiago foi condenado a doze anos e quatro meses de prisão em regime fechado (cabendo recurso da decisão) por dois assaltos a uma mesma agência lotérica, em setembro e outubro de 2014.
Em fevereiro de 2016, o réu foi a júri popular no 1º Tribunal do Júri de Goiânia, sendo condenado a vinte anos de prisão pelo assassinato da estudante Ana Karla Lemes da Silva, em dezembro de 2013.
Em março de 2016, o réu foi a júri popular no 1º Tribunal do Júri de Goiânia, sendo condenado a vinte anos de prisão pelo assassinato da estudante Juliana Neubia Dias, em julho de 2014.

Referências

  1. Ir para cima Tribunal de Justiça do Estado de Goias (10 de novembro de 2014). «Representação de prisão preventiva» (PDF). Consultado em 3 de dezembro de 2016
  2. ↑ Ir para:a b Marília Assunção (20 de outubro de 2014). «Vigilante que confessou 39 mortes diz que doava dinheiro roubado». Estadão Brasil. Consultado em 20 de outubro de 2014
  3. ↑ Ir para:a b «Polícia diz que vigilante usa números para se referir às 39 vítimas; vídeo». Portal G1. 17 de outubro de 2014. Consultado em 23 de outubro de 2014
  4. ↑ Ir para:a b c «Vigilante volta atrás e reduz para 29 o número de execuções, diz polícia». Portal G1. 22 de outubro de 2014. Consultado em 11 de fevereiro de 2015
  5. ↑ Ir para:a b c «Vizinhos de serial killer de Goiânia se dizem surpresos com a confissão». Folha de S.Paulo. 18 de outubro de 2014. Consultado em 26 de outubro de 2014
  6. ↑ Ir para:a b Marília Assunção (17 de outubro de 2014). «Vigilante que confessou 39 mortes fazia 'lista mental' das vítimas». Estadão Brasil. Consultado em 20 de outubro de 2014
  7. ↑ Ir para:a b c Silvio Túlio (17 de outubro de 2014). «Suposto serial killer afirma à polícia que sofreu abuso sexual na infância». Portal G1. Consultado em 23 de outubro de 2014
  8. Ir para cima «Vigilante pede 'perdão' por 39 mortes e diz querer tratamento médico». Portal G1. 17 de outubro de 2014. Consultado em 26 de outubro de 2014
  9. Ir para cima «Após morte de adolescente, suposto serial killer foi multado em Goiânia». Globo.com. 20 de outubro de 2014. Consultado em 20 de outubro de 2014
  10. Ir para cima Juliana Coissi (21 de outubro de 2014). «Novos exames confirmam autoria de vigilante de Goiás em mais dois crimes». Folha de S.Paulo. Consultado em 22 de outubro de 2014
  11. Ir para cima Aliny Gama (20 de outubro de 2014). «Suspeito de 39 mortes em Goiás diz à polícia que está com vontade de matar». UOL Notícias. Consultado em 20 de outubro de 2014
  12. Ir para cima «Psicóloga visita vigilante preso em Goiânia e o define como serial killer». Portal G1. 22 de outubro de 2014. Consultado em 23 de outubro de 2014
  13. Ir para cima «Suposto serial killer é psicopata, mas pode responder por crimes, diz laudo». Portal G1. 27 de fevereiro de 2015. Consultado em 3 de março de 2016
  14. Ir para cima Pedro Oliveira Jr. (19 de outubro de 2014). «Revealed: 'Gay-hating' Brazilian serial killer picked up a 16-year-old boy...» (em inglês). Daily Mail. Consultado em 20 de outubro de 2014
  15. Ir para cima Pedro Oliveira Jr. (18 de outubro de 2014). «Sickening details emerge of how Brazilian serial killer liked to stab prostitutes, choke gays and shoot homeless people...» (em inglês). Daily Mail. Consultado em 20 de outubro de 2014
  16. Ir para cima «Processos». Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. Consultado em 11 de fevereiro de 2015
  17. Ir para cima «Suposto serial killer é condenado a 12 anos de prisão por assaltos em GO». Portal G1 Goiás. 17 de abril de 2015. Consultado em 16 de fevereiro de 2016
  18. Ir para cima «Serial killer de Goiás é condenado a 20 anos de prisão». UOL Notícias Cotidiano. 16 de fevereiro de 2016. Consultado em 16 de fevereiro de 2016
  19. Ir para cima «Serial killer de Goiás é condenado novamente e pega 20 anos de prisão». UOL Notícias Cotidiano. 2 de março de 2016. Consultado em 2 de março de 2016