O ex-proprietário da Parmalat Calisto Tanzi foi condenado a 17 anos e dez meses de prisão nesta segunda-feira pela quebra da empresa alimentícia italiana em dezembro de 2003, quando foi criado um buraco financeiro de 14,5 bilhões de euros.
A sentença do Tribunal de apelação de Bolonha, na Itália, rebaixou a pena em primeira instância do Tribunal de Parma, que tinha sido de 18 anos de prisão. A promotoria havia pedido 20 anos de reclusão para o acusado.
Outro dos condenados, o ex-diretor financeiro da companhia Fausto Tonna, que em primeira instância foi condenado a 14 anos, teve sua pena reduzida a nove anos e 11 meses.
O advogado de Tanzi anunciou que recorrerá da sentença no Tribunal Supremo.
Durante este julgamento de apelação, Tanzi, 73, declarou que carregaria para sempre o peso daqueles que sofreram danos por sua culpa. Ele se referiu às perdas dos cerca de 150 mil pequenos investidores afetados pela quebra.
Tanzi está preso desde 2011, mas desde fevereiro está internado em um hospital de Parma, na Itália, pelo agravamento de suas condições de saúde.
O Tribunal de apelação confirmou nesta segunda-feira as sentenças de primeira instância de outros diretores da Parlamat. Luciano Siligardi, antigo membro do conselho de administração, foi condenado a seis anos de prisão. Giovanni Tanzi, irmão do ex-proprietário da Parmalat, foi condenado a dez anos e seis meses.
Esta é a segunda condenação de Tanzi. Em maio, a Corte Suprema de Milão rebaixou para oito anos de prisão -dos dez que sentenciou o tribunal de apelação- o ex-chefe da Parmalat por agiotagem (especulação abusiva), no outro processo judicial aberto após a quebra da companhia.
Fonte:FolhaSP
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