M.Almeida
Novo diretor do Deinter, João Barbosa Filho, quer mais produtividade e qualificação no atendimento à população. Para ele, o déficit de homens é um desafio: a região deveria ter 3.000 policiais e tem só 1.400
Filipe RodriguesSão José dos Campos
Nos próximos dois meses, todos os 1.400 policiais civis da Região Metropolitana do Vale passarão por uma reciclagem, que inclui um curso de boas maneiras no atendimento à população.
Até junho, as delegacias também terão atendimento padronizado com funcionários uniformizados. Quem trabalhar no atendimento terá de cuidar da aparência.
“Nada de policial barbudo ou displicente. A pessoa tem de confiar no policial para quem vai relatar um problema”, diz o diretor do Deinter-1, João Barbosa Filho.
A ideia é encorajar a população a denunciar crimes e, com isso, aumentar a produtividade da Polícia Civil.
Segundo José Vicente da Silva, consultor sobre segurança, 50% dos crimes, como roubos e furtos, não são registrados (leia entrevista nesta página).
Treinamento. O curso será realizado por etapas na sede do Deinter, em São José. Um edital irá selecionar a empresa responsável pelo treino.
Os policiais também serão treinados para filtrar as ocorrências antes de começar o registro. A ideia é evitar casos de estelionato.
“Tem gente que, por exemplo, deixa o carro com chave no contato para ser furtado porque quer pegar o seguro. Isso aumenta a estatística e é um golpe que a pessoa está aplicando”, diz Barbosa.
Queixa. A dona de casa R.C.O, 29 anos, registrou na última sexta-feira uma denúncia na Corregedoria da Polícia Civil por ter sido mal atendida na DDM (Delegacia da Mulher).
Segundo o irmão de R, no final do mês de março, a dona de casa foi à DDM denunciar as ameaças que sofria do ex-marido, um policial de Minas Gerais.
“Esperamos quatro horas e na hora do atendimento, nos aconselharam a não fazer o boletim de ocorrência”, afirmou o irmão.
Uma semana depois, R. foi baleada pelo ex-marido, que foi preso em seguida.
Nos próximos dois meses, todos os 1.400 policiais civis da Região Metropolitana do Vale passarão por uma reciclagem, que inclui um curso de boas maneiras no atendimento à população.
Até junho, as delegacias também terão atendimento padronizado com funcionários uniformizados. Quem trabalhar no atendimento terá de cuidar da aparência.
“Nada de policial barbudo ou displicente. A pessoa tem de confiar no policial para quem vai relatar um problema”, diz o diretor do Deinter-1, João Barbosa Filho.
A ideia é encorajar a população a denunciar crimes e, com isso, aumentar a produtividade da Polícia Civil.
Segundo José Vicente da Silva, consultor sobre segurança, 50% dos crimes, como roubos e furtos, não são registrados (leia entrevista nesta página).
Treinamento. O curso será realizado por etapas na sede do Deinter, em São José. Um edital irá selecionar a empresa responsável pelo treino.
Os policiais também serão treinados para filtrar as ocorrências antes de começar o registro. A ideia é evitar casos de estelionato.
“Tem gente que, por exemplo, deixa o carro com chave no contato para ser furtado porque quer pegar o seguro. Isso aumenta a estatística e é um golpe que a pessoa está aplicando”, diz Barbosa.
Queixa. A dona de casa R.C.O, 29 anos, registrou na última sexta-feira uma denúncia na Corregedoria da Polícia Civil por ter sido mal atendida na DDM (Delegacia da Mulher).
Segundo o irmão de R, no final do mês de março, a dona de casa foi à DDM denunciar as ameaças que sofria do ex-marido, um policial de Minas Gerais.
“Esperamos quatro horas e na hora do atendimento, nos aconselharam a não fazer o boletim de ocorrência”, afirmou o irmão.
Uma semana depois, R. foi baleada pelo ex-marido, que foi preso em seguida.
Déficit de policiais piora atendimentoSão José dos CamposSegundo o Deinter-1, a falta de efetivo é uma das dificuldades enfrentadas para dar um bom tratamento à população e dar conta da demanda.
“Você sobrecarrega o policial. Ele registra o Boletim de Ocorrência, atende a pessoa e fala no telefone ao mesmo tempo. Em muitos casos, o policial não sabe lidar com isso”, diz o diretor João Barbosa Filho.
Barbosa acredita que o ideal para a região é ter 3.000 policiais. Atualmente, são 1.400 policiais distribuídos por 15 carreiras, como delegado, escrivão e investigador.
A Secretaria da Segurança Pública afirma que tem concursos em andamento para a contratação de policiais civis. Para a região, deverão ser contratados 36 investigadores.
Boletins. De janeiro a março deste ano, a Polícia Civil registrou mais de 44 mil boletins de ocorrência na região.
“É o que norteia o trabalho. Por isso é importante encontrar uma forma de fazer estes boletins com a melhor qualidade possível”, diz Barbosa.
O número é 10% maior do que o registrado no primeiro trimestre do ano passado.
Sistema. Policiais ouvidos por O VALE se queixam principalmente da sobrecarga em distritos mais movimentados.
“Temos problemas com o sistema do registro de ocorrências. Os computadores são lentos e travam constantemente. Isso tudo atrapalha o atendimento e resulta em queixas”, diz um policial.
Para o Sindicato dos Investigadores da região, falta ‘matéria-prima’ para um trabalho de qualidade da Polícia Civil
“Qualquer esforço é válido para melhorar as condições de trabalho, mas precisamos de mais policiais e mais tecnologia. Você tendo bons equipamentos, dá para suprir a falta de policiais”, diz Jeferson Cabral, presidente do Sindicato.
“Você sobrecarrega o policial. Ele registra o Boletim de Ocorrência, atende a pessoa e fala no telefone ao mesmo tempo. Em muitos casos, o policial não sabe lidar com isso”, diz o diretor João Barbosa Filho.
Barbosa acredita que o ideal para a região é ter 3.000 policiais. Atualmente, são 1.400 policiais distribuídos por 15 carreiras, como delegado, escrivão e investigador.
A Secretaria da Segurança Pública afirma que tem concursos em andamento para a contratação de policiais civis. Para a região, deverão ser contratados 36 investigadores.
Boletins. De janeiro a março deste ano, a Polícia Civil registrou mais de 44 mil boletins de ocorrência na região.
“É o que norteia o trabalho. Por isso é importante encontrar uma forma de fazer estes boletins com a melhor qualidade possível”, diz Barbosa.
O número é 10% maior do que o registrado no primeiro trimestre do ano passado.
Sistema. Policiais ouvidos por O VALE se queixam principalmente da sobrecarga em distritos mais movimentados.
“Temos problemas com o sistema do registro de ocorrências. Os computadores são lentos e travam constantemente. Isso tudo atrapalha o atendimento e resulta em queixas”, diz um policial.
Para o Sindicato dos Investigadores da região, falta ‘matéria-prima’ para um trabalho de qualidade da Polícia Civil
“Qualquer esforço é válido para melhorar as condições de trabalho, mas precisamos de mais policiais e mais tecnologia. Você tendo bons equipamentos, dá para suprir a falta de policiais”, diz Jeferson Cabral, presidente do Sindicato.
Fonte:Ovale
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