sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sequestro tem a menor taxa dos últimos onze anos no Estado

O Estado de São Paulo registrou queda nos seqüestros, latrocínios, mortes no trânsito e assaltos a banco no primeiro quadrimestre de 2012 em comparação ao mesmo período no ano passado. Houve, ainda, aumento nas prisões efetuadas pelas polícias Civil e Militar e na apreensão de traficantes de drogas e armas de fogo. 

É o que apontam os dados das Estatísticas da Criminalidade, contabilizadas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) e divulgadas nesta sexta-feira (25 de maio) no site da Secretaria da Segurança Pública.

As extorsões mediante seqüestros registraram a maior queda dentre os indicadores analisados – 18,18% no acumulado de janeiro a abril. Em números absolutos, 22 no primeiro quadrimestre de 2011 contra 18 neste ano. Trata-se do menor número em 11 anos. Importante lembrar que houve, nos primeiros quatro meses de 2002, 147 ocorrências. Uma queda de 87,7%, portanto, em dez anos. 

Latrocínios
Os latrocínios também têm apresentado tendência de queda, mas com uma acentuação menor. Foram 114 casos no quadrimestre deste ano contra 115 no mesmo período de 2011 – uma redução de 0,87%. As quedas são acompanhadas pelo o aumento das prisões e de apreensões de armas (ver abaixo).

Roubo a banco

Outra modalidade criminosa que também apresentou redução nos quatro primeiros meses de 2012 foi o roubo a banco, que recuou 2,70% no Estado, mas teve expressiva queda (21,74%) na Capital.  No caso do Estado, houve uma diminuição de 74 para 72 casos – na cidade de São Paulo, de 46 para 36 (ver release específico).

Os casos de ‘assalto’ a estabelecimentos bancários têm sido reduzidos sensivelmente desde 2006, quando o primeiro quadrimestre daquele ano teve registradas 151 ocorrências. A redução, até agora, é de 52,3%.

Furtos
Ainda no campo dos crimes contra o patrimônio, houve queda de 0,26% nos furtos. No primeiro quadrimestre de 2011, haviam sido registradas 177.220 ocorrências, contra 176.764 de janeiro a abril deste ano.

Trânsito mata menos
Os dados da CAP também mostram menor ocorrência de homicídios culposos – aqueles em que não há a intenção de matar e se referem, em sua extrema maioria, a acidentes de trânsito.  Na comparação quadrimestral, os casos caíram 6,05% - de 1.602 para 1.505 ocorrências. A redução no acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2011 a abril de 2012 em comparação ao período de maio de 2010 a abril de 2011) foi de 1,01% (de 5.055 para 5.004 casos).

Homicídios dolosos

Os homicídios dolosos apresentaram alta de 6,38% no quadrimestre e 5,21% no acumulado dos últimos 12 meses. No entanto, se se levar em conta que os registros de homicídios incluem vários acidentes de trânsito – cujos condutores de veículos são indiciados com base no princípio do dolo eventual (quando se assume os riscos de provocar a morte a partir de uma conduta imprudente) – o aumento é inferior, de 5,65% no quadrimestre. 
Nos primeiros quatro meses, foram 1.451 casos contra 1.364 no quadrimestre de 2011. Os acidentes de trânsito somaram, neste universo, 11 ocorrências em 2011 e 31 nos quatro primeiros meses deste ano. 

A taxa de homicídios (incluídos os acidentes cujos responsáveis são indiciados por dolo eventual) é 10,20 para cada grupo de 100 mil habitantes. Se não forem computadas as mortes por acidente de trânsito, a taxa cairia para 10 homicídios para cada 100 mil. 

Importante frisar que, mesmo considerando os casos de morte por acidente de trânsito, a tendência ainda é de queda nos homicídios. Cabe lembrar que, em 2010, o primeiro quadrimestre do ano contabilizava 1.616 casos – número maior que os apurados neste ano e em 2011. 

Nos últimos 12 anos, houve uma redução histórica de 72% nos assassinatos. A taxa de homicídios caiu de 35,27/100 mil habitantes, em 1999, para 9,9/100 mil, em 2011. É o mais expressivo resultado do Brasil, que hoje tem taxa de 24/100 mil, mais que o dobro do índice paulista.

Roubos e veículos

Apesar da redução do seqüestro e dos roubos a banco, houve aumentos nos índices de algumas modalidades de crimes patrimoniais. Nos roubos, o crescimento foi de 4,49% no quadrimestre – de 75.538 para 78.932. Nos roubos de cargas, houve queda na taxa dos últimos 12 meses (de 1,14%), mas aumento de 9,52% entre os primeiros quadrimestres. 

Nos crimes que envolvem veículos (roubo e furto), houve aumento. No caso do roubo, o crescimento foi de 19,3% no comparativo dos últimos 12 meses (de 70.541 entre maio de 2010 e abril de 2011 para 84.156 entre maio de 2011 e abril deste ano). O aumento relativo aos comparativos dos quadrimestres foi de 20,7% (de 24.745 casos para 29.711). 

No caso do furto de veículos, o crescimento foi de 5,14% no comparativo quadrimestral (de 34.621 para 36.401 ocorrências) e 3,21% na variação dos últimos 12 meses (103.551 para 106.870).

Atividades policiais
Os dados da CAP também mostram que houve aumento na eficiência do trabalho policial. As prisões por tráfico de drogas cresceram 15,96% entre os primeiros quadrimestres de 2011 e 2012 – de 11.695 para 13.562. Na comparação dos 12 meses últimos, o crescimento foi muito próximo (15,93%).

As prisões em geral também aumentaram, bem como as apreensões de armas de fogo. No caso das prisões, a variação foi de 11,10% no quadrimestre – crescimento de 43.177 para 47.971 presos – e de 13,68% no acumulado dos últimos 12 meses (de 120.964 para 137.513).

A apreensão de armas – fator considerado fundamental para a redução no número de homicídios e crimes de roubo - cresceu 4,27% no comparativo dos 12 meses (de 18.420 para 19.206) e 2,56% no quadrimestre (de 6.177 para 6.335).  

Violência contra a mulher
Desde setembro passado, a Secretaria da Segurança Pública divulga dados de criminalidade contra a mulher. Os números de homicídios, tentativas de homicídios, lesões corporais dolosas e maus tratos, entre outros, são divulgados mensalmente pelo site da SSP (www.ssp.sp.gov.br). A divulgação atende o disposto na Lei Estadual 14.545, de setembro de 2011.

São Paulo é pioneiro na criação de políticas de defesa da mulher. Tem hoje 129 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM). Os dados criminais, separados em capital, Grande São Paulo, interior e Estado, incluem não apenas as ocorrências registradas pelas DDMs, mas por todos os distritos policiais.

Atualizações mais frequentes
Desde março de 2011, São Paulo passou a divulgar as estatísticas criminais por mês e por distrito policial no site da Secretaria (www.ssp.sp.gov.br). A divulgação era feita trimestralmente desde 1995. Com a mudança, as atualizações das estatísticas passaram a ser mais frequentes.

As estatísticas destinam-se, em primeiro lugar, à tomada de decisões estratégicas de governo, como distribuição de recursos materiais, humanos e tecnológicos. Por isso, são sempre atualizadas, de modo a refletir da forma mais próxima possível a criminalidade.

De forma geral, as atualizações são feitas a pedido dos distritos, seccionais ou divisões, quando são descobertos fatos novos durante a investigação criminal. As atualizações propostas são analisadas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento da SSP antes de serem oficializadas.


Fonte:SSP/SP

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