quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cabo da PM acusado de matar companheira e filha se apresenta à polícia em Minas Gerais


O cabo da Polícia Militar mineira Marco Antônio Alves Lima, 44, acusado de ter matado a tiros a companheira e uma filha de 12 anos, no último domingo (10), em Ribeirão das Neves (40 km de Belo Horizonte), apresentou-se na noite desta terça-feira (12) a uma delegacia da Polícia Civil localizada na mesma cidade onde o crime foi cometido. O policial era procurado desde então.
Ele ainda teria atirado contra outra filha, de 16 anos, que está internada no hospital de pronto-socorro Risoleta Neves, em Belo Horizonte. Segundo a assessoria do hospital, o estado de saúde da adolescente é estável.
De acordo com nota emitida, a corporação vai aguardar os procedimentos adotados pela Polícia Civil em relação ao caso. Como não havia mandado de prisão expedido contra ele, o suspeito foi ouvido, mas liberado em seguida em razão de não ter havido o flagrante.
Nesta terça, bombeiros combateram um incêndio na residência onde o militar morava com as vítimas. O fogo atingiu parcialmente o imóvel, e a polícia investiga se o teria sido criminoso. No local, havia um depósito de materiais recicláveis que foi quase totalmente destruído pelo fogo.
Conforme o tenente-coronel Idzel Fagundes, comandante do 34º batalhão, onde Lima trabalhava como sentinela, o crime teria ocorrido após uma discussão do casal. Há uma suspeita ainda não confirmada de que o valor alto de uma conta de telefone teria sido o estopim da briga.

Processo disciplinar

“Ele tem 16 anos de serviço. Até ontem, não tinha nada que o desabonasse”, disse o tenente-coronel Idzel Fagundes, comandante do 34º Batalhão, onde o suspeito trabalhava em serviços internos havia sete anos. De acordo com o oficial, os colegas do cabo estão abalados com o episódio. Por fazer serviços internos, o policial não portava arma da corporação.
“Ele tem uma arma registrada em nome dele, mas ainda não podemos afirmar se foi esse revólver calibre 38 o usado no crime”, informou o comandante. “Não consigo imaginar o que aconteceu para justificar essa barbárie.”
O oficial informou que um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) será aberto pela Polícia Militar contra Lima e, caso seja comprovada a sua culpa no crime, poderá resultara na sua expulsão da polícia.
Essas medidas, explicou o oficial, não inibem a tramitação de um possível processo contra o suspeito na esfera cível. A Polícia Civil informou que irá aguardar um posicionamento do judiciário sobre o caso.
Fonte:Uol

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