- Pode pesar a favor desde que a Defesa consiga descrever o crime como um homicídio cometido sob forte emoção. Isso pode diminuir a pena - diz o advogado criminalista Alberto Toron, que atuou como assistente de acusação no caso da família Von Richthofen.
A opinião é semelhante a do também criminalista Sergei Cobra Arbex, assistente de acusação no caso do jornalista Pimenta Neves.
- Em tese qualquer crime do tribunal de júri pode contar com a emoção. A Defesa pode usar isso. Não quer dizer que vá dar resultado - disse.
Arbex lembra que o Código penal estabelece uma atenuante para crimes cometidos 'sob violenta emoção após injusta provocação da vítima'.
- A questão é demonstrar isso. São itens que precisam ser cumpridos - afirma Arbex, que lembra que o Código Penal já chegou a prever a defesa da honra em assassinatos motivados por traição conjugal.
Imagens feitas por um detetive particular contratado por Elize mostram Marcos acompanhado de uma outra mulher em um restaurante de São Paulo. Ela seria amante do empresário e receberia até R$ 4 mil por mês de Marcos.
Na quinta-feira, porém, a situação de Elize se complicou. Laudo do Instituo Médico Legal (IML) mostra que a causa da morte foi traumatismo craniano associado a asfixia por sangue em consequência de uma decapitação, e não o tiro de pistola calibre 380 disparado antes por Elize.
O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, contratado pela família do empresário, diz que o laudo também indica que o tiro disparado contra Marcos pela mulher foi dado à curta distância, e de cima para baixo, o que não sustentaria a versão de Elize dada à polícia, já que a vítima estaria sentada.
- Elize é mais baixa que o empresário e disse que atirou após ser agredida e humilhada pelo marido, durante uma discussão do casal.
D'Urso acredita que Elize alvejou o marido e depois o decapitou, causando a morte por asfixia. Na confissão, Elize disse que esquartejou o marido somente dez horas após o tiro. Apesar da Polícia Civil ter relatado o inquérito à Justiça nesta quinta-feira, as investigações continuam, garantiu o advogado, que acredita em premeditação e até na suposta participação de uma terceira pessoa no crime.
Fonte:Yahoo
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