Estudantes foram detidos após tumulto no câmpus de Guarulhos
Lecticia Maggi
Polícia Federal afirma que foram constatados dados ao patrimônio da Unifesp (Divulgação/ PF)
A Polícia Federal de São Paulo indiciou nesta sexta-feira 22 estudantes do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pelos crimes de dano ao patrimônio, formação de quadrilha e constrangimento ilegal. Eles prestaram depoimento após serem autuados em flagrante na noite desta quinta-feira. As penas somadas podem chegar a oito anos de prisão.
A PF afirma que, entre os detidos, 14 estudantes já haviam sido conduzidos à superintendência da PF no dia 6 de junho, quando foi cumprida ordem judicial de reintegração de posse do campus, pedida pelo diretor da unidade, Marcos Cézar de Freitas. Dos 14, três têm antecedentes criminais por dano e formação de quadrilha.
O tumulto no campus de Guarulhos começou no início da noite. Após assembleia que discutia apoio à greve dos docentes, um grupo de alunos passou a protestar em frente à reitoria. Por meio de nota, a Unifesp afirma que os estudantes pixaram o campus, quebraram vidros, móveis e computadores, intimidaram e acuaram o diretor acadêmico e professores que estavam no local. Além disso, ameaçaram tomar novamente o prédio da reitoria, ocupado entre os dias 22 de março e 6 de junho, por cerca de 45 estudantes.
A Polícia Militar foi acionada por docentes da instituição para controlar a situação. Os alunos dizem que foram intimidados e que a depredação ocorreu somente após uma estudante ser detida. A PM disparou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para conter os estudantes. Pelo menos uma pessoa ficou ferida e foi levada ao pronto-socorro.
A PF, que tem atribuição para investigar crimes praticados contra servidores públicos e o patrimônio das universidades federais, disse que agentes realizaram perícia no local e constataram danos à instituição. A Unifesp alega que uma audiência pública entre alunos e o reitor para tratar das reivindicações já havia sido agendada para o dia 20 de junho. "A depredação do patrimônio público e o constrangimento ilegal não é forma de manifestação ou reivindicação", afirma a universidade.
Fonte:Veja
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