terça-feira, 5 de junho de 2012

Polícia: apartamento de executivo da Yoki tem mais freezers que o normal


O corpo de Marcos Kitano Matsunaga, morto com um tiro e depois esquartejado, foi enterrado na tarde desta terça-feira. Foto: Mauricio Camargo/Futura Press
O corpo de Marcos Kitano Matsunaga, morto com um tiro e depois esquartejado, foi enterrado na tarde desta terça-feira
Foto: Mauricio Camargo/Futura Press
O delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, disse na tarde desta terça-feira que o apartamento em que o executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga morava tem mais refrigeradores "do que o normal". "Eles têm mais freezers e geladeiras que qualquer pessoa normal", disse Carrasco. O empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Segundo a polícia, algumas partes do corpo haviam sido preservadas em um congelador. A mulher do executivo, Elise Matsunaga, é a principal suspeita do crime e foi presa temporariamente.
Marcos Kitano Matsunaga foi considerado desaparecido no dia 20 de maio. Partes do corpo foram encontradas em várias regiões da Grande São Paulo no dia 27. Na noite de ontem, a polícia fez diligências no apartamento do casal, na zona oeste da capital. No local, os policiais encontraram vestígios de sangue dentro de uma geladeira. "Ainda não sabemos se o sangue achado na geladeira é humano", disse Carrasco, que afirmou que ainda há oitivas a serem feitas, mas que, no momento, a prioridade da polícia é fechar a parte pericial.
O delegado também informou que foram encontrados, no apartamento, sacos da mesma cor daqueles que foram utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. "As partes encontradas estavam embaladas em saco plástico com uma característica não muito comum: com um filete vermelho. E esse tipo de saco foi encontrado no apartamento", disse Carrasco.
Elise foi presa na noite de ontem. Segundo o diretor do DHPP, ela era uma "exímia atiradora", um dos motivos que levou a polícia a pedir sua prisão. "Ela era uma exímia atiradora. Os dois faziam cursos de tiro e ele era colecionador. Isso é um indício importantíssimo. E ela também é destra, e o tiro na cabeça do empresário foi dado à queima-roupa pelo lado esquerdo. Esses indícios geraram a prisão temporária", disse Carrasco.
De acordo com a polícia, Elise doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo pouco antes de ser presa, na noite de ontem. Uma das armas tinha calibre 765, o mesmo do tiro que matou o empresário, que era executivo chefe da Yoki. Segundo o delegado, a suspeita ainda não teve seu depoimento colhido. "Ela ainda não foi ouvida e não será ouvida hoje, pois tenho que concluir vários itens da investigação para que, depois, eu possa fazer o fechamento com o interrogatório dela", afirmou Carrasco.
A polícia trabalha com a hipótes de crime passional. Elise e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. Desde a prisão da mulher, a filha está com uma tia. Marcos era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.

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