quinta-feira, 28 de junho de 2012

Reitor de instituto federal é preso por suspeita de desvio de 5 milhões de reais


Verba do MEC deveria ser utilizada para concessão de bolsas de estudo a alunos e professores de instituto federal do Pará

O reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Pará (IFPA), Edson Ary de Oliveira Fontes, e outros dois diretores foram presos nesta quinta-feira, suspeitos de envolvimento em um esquema criminoso que desviava dinheiro de verbas destinadas à educação. De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), nove pessoas foram indiciadas e o prejuízo aos cofres públicos é de 5.474.601 reais. 



O Ministério da Educação (MEC) repassava recursos ao IFPA para que fossem utilizados na concessão de bolsas de estudo a alunos e professores. Contudo, as investigações apontam que o dinheiro foi usado na aquisição de imóveis, veículos e motos, além do pagamento de viagens, empregados domésticos e cirurgias plásticas. Até mesmo a escola de samba Bole-Bole, na qual o reitor do IFPA é um dos compositores do samba-enredo, teria sido financiada com dinheiro da educação. 

A CGU informa que as investigações tiveram início há cerca de um ano e apontaram Fontes como o líder da organização. Para efetuar a fraude, o grupo fazia uma relação dos supostos beneficiados com as bolsas, que incluía empregados tercerizados e pessoas sem qualquer vínculo com o IFPA, como parentes de servidores e de diretores. O diretor de projetos do IFPA, Bruno Henrique Garcia Lima, solicitava o pagamento, que era aprovado por Fontes. A lista seguia, então, à Fundação de Apoio à Educação Tecnológica, Pesquisa e Extensão do Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará (Funcefet), onde os diretores Armando Barroso da Costa Júnior e Alex Daniel Costa Oliveira realizavam o depósito. 

A Funcefet atuava de forma irregular, já que não é reconhecida pelo MEC e nem pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. A CGU solicitou à Justiça Federal a indisponibilidade dos bens dos denunciados e a suspensão do exercício de suas funções.
FONTE:VEJA

Nenhum comentário:

Postar um comentário