Os dois arrastões a imóveis de Franca (400 km de São Paulo) nos últimos oito dias não foram casos isolados no interior. Mais comuns em edifícios da capital, neste ano já houve registros também em Araraquara, Ribeirão Preto, Bauru e no litoral.
O último alvo em Franca foi um prédio de pequeno porte, no Jardim Consolação, na última terça-feira (10).
Segundo a Polícia Civil, três apartamentos foram invadidos com uma chave falsa --não havia ninguém em casa. Foram levados notebook, roupas e dinheiro.
A polícia investiga a relação do crime com os três apartamentos invadidos em outro residencial da cidade, no dia 3, com prejuízo de R$ 40 mil.
"Agora é hora de tomar muito cuidado, pois na capital a segurança aumentou e o interior está sendo a saída desses criminosos", afirma o presidente do Sindicato dos Condomínios de Ribeirão, Agnaldo Rodrigues da Silva.
A tática, em geral, é a mesma no interior: os criminosos agem em grupo e sem violência. O alvo são prédios da classe média.
Segundo o delegado Geriel Dal Ri, de Araraquara, os ladrões, bem-vestidos, se identificam na portaria como amigos ou parentes das vítimas. Usam chave mestra para evitar arrombamentos.
Em Araraquara, foram dois apartamentos furtados no Carnaval, em fevereiro, e mais seis, no ano passado --todos estavam vazios.
A polícia não descarta que alguém pode ter facilitado a entrada dos assaltantes, mas a principal hipótese é a habilidade dos ladrões. "Eles acabam enganando os porteiros, que baixam a guarda e abrem o portão", disse Dal Ri.
Ribeirão registrou em junho um caso inédito na avenida João Fiusa, de alto padrão. Dois homens entraram em um prédio e saquearam um apartamento no dia 17.
O prédio fica a menos de cem metros de uma base da PM, na mesma avenida. As imagens do circuito interno mostram dois suspeitos bem vestidos entrando no local.
Com uma mala, eles levaram dinheiro e joias.
OUTRAS INVASÕES
Em Bauru, três homens invadiram um prédio sem porteiro em abril. Eles furtaram televisores, joias e dinheiro de quatro apartamentos, que estavam vazios.
Já na Praia Grande, litoral sul paulista, a quadrilha rendeu o porteiro de um condomínio para conseguir invadir oito apartamentos em junho.
De acordo com Hamilton Saraiva, especialista em segurança, é preciso treinar a mão de obra nos prédios e manter em dia a manutenção dos equipamentos e do próprio condomínio.
REFORÇO NA SEGURANÇA
| Márcia Ribeiro-19.jan.2012/Folhapress | ||
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| Cercas elétricas instaladas em condomínio de luxo em Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto |
Para se precaver de roubos, condomínios também no interior começam a se equipar como os da capital.
Em Sertãozinho, há condomínios que, além de terem portaria 24 horas, câmeras e cercas, contam com gaiolas de contenção de veículos. São dois portões: o interno só se abre quando o da rua é fechado
Fonte:Folha de SP

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