segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Política do massacre nos presídios de Piauí


A mídia cumprindo seu papel humanista e social: a Uol recebeu, recentemente, um vídeo enviado de modo anônimo, flagrando as condições desumanas de uma penitenciária de Teresina (PI).
As imagens mostram presos recebendo refeições em sacos plásticos reaproveitáveis, sem talheres, o que os obriga a comer com as mãos. Jornais são usados como cama. O vídeo é datado de 25 de junho de 2012.
O Sinpoljuspi (Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Estado do Piauí) confirma as denúncias, tendo inclusive elaborado um relatório mostrando a situação de todas as unidades prisionais do Estado. De acordo com Vilobaldo Carvallho, presidente do sindicato, “a falta de planejamento de gestão que vem ocorrendo ao longo dos anos fez o sistema prisional do Piauí entrar em colapso” (Fonte: UOL).
A precariedade também atinge o contingente de servidores. Carvalho afirma que há penitenciárias abrigando 140 presos com apenas 4 agentes trabalhando.
A OAB, que está ciente de todas estas condições, vai acionar o Ministério Público.
Essa é a política do massacre, com mortes por atacado ou em conta-gotas (como é o caso do sistema penitenciário nacional). O que o vídeo mostra (vídeo ratificado pelos agentes penitenciários) retrata o elevado grau de deterioração (degeneração) das instituições jurídicas de controle (lideradas pela magistratura). O desrespeito geral aos direitos humanos não é fruto de uma política desenhada por uma mente superior, sim, da omissão (por parte de quem deveria fiscalizar o sistema). De qualquer modo, esse sistema da crueldade é funcional para as elites dominantes do país (é por isso que ainda existe e vai continuar).
*LFG

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