O Ministério Público Estadual (MPE) irá entregar nesta sexta-feira à Justiça a denúncia contra três guardas civis suspeitos de executar uma usuária de crack. O crime ocorreu no dia 9 de maio em Guarulhos, na Grande São Paulo. "Só estou aguardando chegar o inquérito para encaminhar a denúncia", garantiu o promotor Marcelo Alexandre de Oliveira.
Rosângela de Souza foi morta com um tiro na cabeça às 4h55, na Vila Galvão. Segundo o delegado titular do Setor de Homicídios da Polícia Civil de Guarulhos, Wagner Coimbra Terribili, ela convivia com moradores de rua, mas tinha residência estabelecida nas imediações onde ocorreu o crime.
Dois suspeitos são guardas civis ambientais e estão presos - Antonio Pereira Santana e Maurílio Rodrigues da Silva. Apontado como o autor do disparo, o guarda municipal Fabio Felipe Barbosa Pinto de Amorim está foragido.
"Ela estava em uma ponte na divisa entre Guarulhos e o bairro de Jaçanã, que pertence a São Paulo, quando foi arrebatada pelos acusados, algemada e levada dentro da viatura da Polícia Ambiental para uma rua de terra, sem saída, onde foi executada", contou o delegado.
Amorim seguiu a viatura até o local do assassinato em um veículo Celta preto. Com ele estava um outro suspeito de participar do homicídio, mas que ainda não foi identificado. "Onde a vítima foi executada ficam empresas que possuem câmeras de segurança que registraram os dois veículos entrando na rua no horário do crime", explicou Terribili.
De acordo com o delegado, um dos presos confessou o envolvimento no caso. Todos os envolvidos serão enquadrados por homicídio qualificado pelo motivo fútil e pela impossibilidade de defesa da vítima. "O que move esse tipo de conduta é o simples prazer de matar. Eles se sentem poderosos no cargo que ocupam", ressaltou o promotor Oliveira. "É uma coisa de momento. Isso não é regra, mas algumas guarnições entendem que policial bom é aquele que mata", completou Terribili.
Fonte:Terra
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