terça-feira, 29 de janeiro de 2013

118 vítimas seguem internadas, 75 correm risco de vida


Ainda assim, autoridades de saúde comemoram não haver registro de novas mortes mais de 50 horas após incêndio na boate Kiss; 231 perderam a vida


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que está em Santa Maria coordenando os trabalhos após a tragédia que matou 231 pessoas no incêndio da boate Kiss, informou nesta manhã que 118 vítimas seguem internadas. Dentre elas, estão 75 pessoas em estado crítico, em risco de vida, e outras vinte com queimaduras graves pelo corpo. 
Segundo informações da Agência Brasil, o número de internados com problemas menos graves diminuiu com a alta hospitalar de seis pessoas entre segunda e terça-feira. O ministro e a Secretaria de Saúde do município comemoram que nenhuma outra morte tenha sido registrada mais de 50 horas após a tragédia. “Nós temos 75 pacientes que estão em estado crítico, precisam de atenção e podem vir a óbito. Mas, em uma tragédia como essa, conseguir 54 horas sem mortes é muito bom”, disse Padilha.

Um comitê de gerenciamento de crise foi montado no Hospital Caridade, em Santa Maria, para monitorar os pacientes que correm risco de vida e os novos casos de pneumonite que surgirem. Segundo o ministro, até seis dias após inalar a fumaça tóxica do incêndio, podem aparecer sintomas como falta de ar, cansaço e tosse, que tendem a evoluir de forma rápida para insuficiência respiratória. As autoridades de saúde mantêm a prática de transferir os pacientes de Santa Maria para Porto Alegre, de modo a garantir reserva de vagas para novos casos de pneumonite química que possam surgir entre as vítimas na cidade.
Assistência às famílias – De acordo com Padilha, foi feito um mapeamento para localizar as famílias que perderam parentes na tragédia para que recebam assistência psicológica. A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde estudava a maior parte dos jovens que morreram no incêndio, forneceu os endereços dos estudantes de outros municípios, e as prefeituras dessas cidades já foram acionadas para oferecerem suporte aos familiares dos mortos.
Segundo Padilha, o Centro de Apoio Psicossocial (CAPs) de Santa Maria está funcionando 24 horas para o atendimento de familiares e amigos que estejam sentindo algum tipo de distúrbio emocional. Também está atuando na cidade um grupo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). “Eles atuaram na tragédia das Torres Gêmeas e são especializados em cuidar do suporte psicológico de pacientes de traumas como esse”, disse o ministro.
Padilha segue para Porto Alegre nesta terça-feira para acompanhar a situação dos pacientes internados na capital, mas retorna à tarde para Santa Maria. Ainda não há previsão para que o ministro deixe o Rio Grande do Sul.
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