A Justiça de Santa Maria (301 km de Porto Alegre) recebeu os pedidos de relaxamento de prisão de três investigados pelo incêndio na boate Kiss, na madrugada do último dia 27, no qual morreram 237 pessoas e mais de cem ficaram feridas.
Os pedidos foram ingressados pelas defesas de Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da boate, e Luciano Bonilha Leão, produtor da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no dia da tragédia. À exceção de Spohr, sob custódia da polícia em um hospital de Cruz Alta, os demais estão presos temporariamente desde a última segunda (28) no presídio estadual de Santa Maria, no distrito de Santo Antão.
Na sexta (1º), a Justiça acatou pedido da Polícia Civil e manifestação do Ministério Público para prorrogação das prisões por mais 30 dias. Ambos apontam para crime de homicídio com dolo eventual --quando o investigado assume o risco pela conduta.
Segundo informações do cartório da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, o juiz Ulysses Fonseca Louzada analisará os pedidos após parecer do promotor criminal Joel Dutra, com quem eles estão hoje. A decisão do magistrado pode sair ainda hoje.
A assessoria da Polícia Civil confirmou que Spohr vai depor tão logo tenha alta do hospital em Cruz Alta, mas não informou quando isso acontecerá. Segundo reportagem da "Folha", no entanto, um médico da equipe que trata o empresário disse que Spohr não tem necessidade de permanecer no hospital. Ele pode sair hoje à tarde.
O advogado do vocalista Marcelo Santos, Omar Obregon, afirmou hoje que ainda não sabe quando pedirá o relaxamento da prisão do músico. "Ontem que fomos ter acesso a todo o inquérito. Vamos ver qual diligência que falta para cumprir os requisitos da temporária e entrar com o pedido à Justiça", declarou.
Agora de manhã, técnicos do IGP (Instituto Geral de Perícias) realizam nova perícia na boate. O objetivo é remover escombros e analisar onde, exatamente, começou o incêndio.
Empresário vai depor em Cruz Alta
Ontem (4), em entrevista ao UOL, a delegada de Cruz Alta, Lilian Carús, confirmou que Spohr prestará depoimento na delegacia local.
Na última terça-feira (29), segundo a polícia, houve indícios de que o empresário tentaria se enforcar usando a mangueira do chuveiro de seu quarto durante uma crise nervosa.
Segundo apurou a reportagem com um funcionário do hospital, a diária de internação do quarto de Kiko custa R$ 800 ao dia. Dois PMs estão numa sala adjacente, com acesso ao quarto, outros dois agentes ficam do lado de fora. Segundo o sargento João Alexandre, "nossa presença é para garantir a privacidade do paciente".
Na última terça-feira (29), segundo a polícia, houve indícios de que o empresário tentaria se enforcar usando a mangueira do chuveiro de seu quarto durante uma crise nervosa.
Segundo apurou a reportagem com um funcionário do hospital, a diária de internação do quarto de Kiko custa R$ 800 ao dia. Dois PMs estão numa sala adjacente, com acesso ao quarto, outros dois agentes ficam do lado de fora. Segundo o sargento João Alexandre, "nossa presença é para garantir a privacidade do paciente".
Ainda de acordo com a PM, ele não usa algemas e tem uma relação cordial com sua guarda.
A mulher dele, Nathalia, que está grávida e igualmente sofreu intoxicação por fumaça no incêndio, também estava internada no hospital, ela teve alta neste domingo (3), saindo pelo portão dos fundos, fugindo de jornalistas.
A mulher dele, Nathalia, que está grávida e igualmente sofreu intoxicação por fumaça no incêndio, também estava internada no hospital, ela teve alta neste domingo (3), saindo pelo portão dos fundos, fugindo de jornalistas.
* Com informações de Renan Antunes de Oliveira, em Cruz Alta (RS), e Ana Paula Rocha, em Santa Maria (RS)
UOL
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