segunda-feira, 25 de março de 2013

Casos de estupro crescem 35% em São Paulo e sobem pelo 12º mês seguido


Os casos de estupro na cidade de São Paulo cresceram pelo 12º mês seguido, segundo números divulgados nesta segunda-feira (25) pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Em fevereiro deste ano, foram 287 registros --cerca de 35% a mais que os 213 casos anotados no mesmo mês de 2012.
Além da capital, também o Estado teve aumento desse tipo de crime sexual. Em fevereiro deste ano, foram 1.057 estupros contra 1.031 registrados no mesmo mês de 2012 (alta de 3%). Este foi a 14ª alta seguida.
Para o sociólogo Antonio Flávio Testa, da UnB (Universidade de Brasília),o aumento de casos de estupro no Estado e na cidade de São Paulo pode ser sintoma de problemas sociais graves, como alcoolismo e violência doméstica, mas nem sempre refletem o número real.
"Há estupros dentro de presídios no sentido de se desconstruir um personagem que entra lá, por exemplo, ou mesmo pelas limitações impostas ao detento pelo sistema legal. E esses casos nem de longe entram na agenda das estatísticas oficiais", disse.
"Além disso, o estupro aparece bem menos atrelado à classe média, quando se sabe que, não raro, ele é um crime vinculado a distúrbios psicológicos por parte de quem o pratica", avaliou.

Outros crimes


Além dos casos de estupro, a capital paulista também registrou um avanço considerável no número de latrocínios (roubo seguido de morte) –15 em fevereiro deste ano, contra sete casos em 2012. Um aumento de 114%.
Outro crime contra a vida, assim como o latrocínio, os casos de homicídios dolosos (com intenção de matar) cresceram 15% no Estado e 14% na cidade de São Paulo.
Já crimes como roubos de cargas e roubos a bancos tiveram declínio em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo mês de 2012: respectivamente, os registros decresceram 5% (365 e 348 casos) e 67% (seis e dez casos).
"As estatísticas podem não mostrar, mas tanto em São Paulo quanto em outros Estados, muitos crimes contra a vida registrados são cometidos por menores de idade. Essa banalização da vida, em suma, só cresce –e reflete falhas sistêmicas seja pelo judiciário, pelo sistema penitenciário e mesmo pela legislação", definiu o sociólogo da UnB.
uol


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