O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, de apelido Bola, vai a júri popular a partir desta segunda-feira (22) pelo assassinato deEliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, já condenado no mesmo processo. Bola é acusado de homicídio duplamente qualificado – meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima – e da ocultação do corpo da jovem. O julgamento vai acontecer no Fórum de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A previsão é que o júri dure três dias, de acordo com a Justiça mineira.
(A partir de segunda, dia 22, acompanhe no G1 a cobertura completa do julgamento do caso Eliza Samudio, com equipe de jornalistas trazendo as últimas informações, em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Conheça os réus, entenda o júri popular, relembre os momentos marcantes e acesse reportagens, fotos e infográfico sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno.)
Ao todo, nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por participação no crime. Um primo de Bruno, Jorge Luiz Rosa, que era menor de idade à epoca do crime, em 2010, foi condenado a medida socioeducativa por atos infracionais análogos a homicídio e a sequestro e já está em liberdade.
Em março, o goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.
Em novembro, o amigo do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão - o Macarrão -, e a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, foram condenados.
Veja abaixo a situação de todos os acusados:
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola
Denúncia: Ex-policial civil apontado como o executor do crime integraria uma organização de extermínio na equipe de elite da Polícia Civil mineira. Teria asfixiado Eliza Samudio em Vespasiano (MG), esquartejado o corpo e jogado para cães da raça rottweiler. Está preso na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Denúncia: Ex-policial civil apontado como o executor do crime integraria uma organização de extermínio na equipe de elite da Polícia Civil mineira. Teria asfixiado Eliza Samudio em Vespasiano (MG), esquartejado o corpo e jogado para cães da raça rottweiler. Está preso na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Acusação: Homicídio duplamente qualificado (meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.
Elenílson Vitor da Silva
Denúncia: Trabalhava como caseiro no sítio em Esmeraldas e era secretário do goleiro. É acusado de participar do cárcere e de tentar esconder o filho de Eliza. Responde ao processo em liberdade. Vai ser julgado em 15 de maio de 2013.
Denúncia: Trabalhava como caseiro no sítio em Esmeraldas e era secretário do goleiro. É acusado de participar do cárcere e de tentar esconder o filho de Eliza. Responde ao processo em liberdade. Vai ser julgado em 15 de maio de 2013.
Acusação: sequestro e cárcere privado do filho de Eliza.
Wemerson Marques de Souza, o Coxinha
Denúncia: Amigo de Bruno conhecido como Coxinha, é acusado de ajudar a esconder o filho de Eliza, além de participar do cárcere privado no sítio. Responde ao processo em liberdade. Vai ser julgado em 15 de maio de 2013.
Denúncia: Amigo de Bruno conhecido como Coxinha, é acusado de ajudar a esconder o filho de Eliza, além de participar do cárcere privado no sítio. Responde ao processo em liberdade. Vai ser julgado em 15 de maio de 2013.
Acusação: sequestro e cárcere privado do filho de Eliza.
Bruno Fernandes de Souza
Denúncia: O ex-goleiro do Flamengo é acusado de mandar matar a ex-namorada Eliza Samudiopara não pagar a pensão alimentícia do filho. Está preso.
Denúncia: O ex-goleiro do Flamengo é acusado de mandar matar a ex-namorada Eliza Samudiopara não pagar a pensão alimentícia do filho. Está preso.
Condenação: Condenado a 22 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver.
Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão
Denúncia: Amigo de Bruno que teria sequestrado Eliza no Rio, com a ajuda de um menor, e a mantido em cárcere privado. Depois, os dois a levaram até Bola. Tem uma tatuagem: "Bruno e Maka. A amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro". Foi condenado a 15 anos, sendo 12 em regime fechado e três em aberto por homicídio e ocultação de cadáver de Eliza, sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.
Denúncia: Amigo de Bruno que teria sequestrado Eliza no Rio, com a ajuda de um menor, e a mantido em cárcere privado. Depois, os dois a levaram até Bola. Tem uma tatuagem: "Bruno e Maka. A amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro". Foi condenado a 15 anos, sendo 12 em regime fechado e três em aberto por homicídio e ocultação de cadáver de Eliza, sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.
Condenação: Condenado a 12 anos em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima) e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.
Fernanda Gomes de Castro
Denúncia: Era namorada de Bruno na época, acusada de auxiliar o goleiro a manter Eliza em cárcere privado em um apartamento no Rio de Janeiro e de tê-lo acompanhado na ida para Minas Gerais. Foi condenada a 5 anos de prisão em regime aberto por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.
Denúncia: Era namorada de Bruno na época, acusada de auxiliar o goleiro a manter Eliza em cárcere privado em um apartamento no Rio de Janeiro e de tê-lo acompanhado na ida para Minas Gerais. Foi condenada a 5 anos de prisão em regime aberto por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.
Condenação: Condenada por dois crimes de sequestro e cárcere privado, de Eliza Samudio e de seu filho, Bruninho, à pena de 2 anos e 3 anos respectivamente, em regime aberto. Ela responde em liberdade.
Dayanne Rodrigues
Denúncia: Mulher de Bruno à época do crime, é acusada de auxiliar no cárcere privado de Bruninho. Ela cuidou do bebê quando Eliza esteve no sítio e, depois, deixou o filho da vítima com conhecidos em Ribeirão das Neves. Responde ao processo em liberdade.
Denúncia: Mulher de Bruno à época do crime, é acusada de auxiliar no cárcere privado de Bruninho. Ela cuidou do bebê quando Eliza esteve no sítio e, depois, deixou o filho da vítima com conhecidos em Ribeirão das Neves. Responde ao processo em liberdade.
Acusação retirada: sequestro e cárcere privado de Bruninho.
Sérgio Rosa Sales, o Camelo
Denúncia: O primo de Bruno ajudou a polícia nas investigações do caso, apontou onde Eliza teria sido mantida em cárcere privado no sítio do goleiro e para onde teria sido levada para ser assassinada.
Denúncia: O primo de Bruno ajudou a polícia nas investigações do caso, apontou onde Eliza teria sido mantida em cárcere privado no sítio do goleiro e para onde teria sido levada para ser assassinada.
Em 22 de agosto de 2012, foi encontrado morto com seis tiros, em Belo Horizonte. Para a polícia, a morte não tem relação com o caso Bruno. Segundo as investigações, o crime tem motivação passional.
Acusação arquivada: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima); sequestro e cárcere privado qualificado; ocultação de cadáver.
Flávio Caetano de Araújo
Denúncia: Motorista de Bruno, chegou a ser indiciado e apontado na denúncia como acusado de ajudar a esconder o filho de Eliza e vigiá-la no sítio de Bruno. Depois, o Ministério Público pediu que ele não fosse pronunciado (levado a júri).
Denúncia: Motorista de Bruno, chegou a ser indiciado e apontado na denúncia como acusado de ajudar a esconder o filho de Eliza e vigiá-la no sítio de Bruno. Depois, o Ministério Público pediu que ele não fosse pronunciado (levado a júri).
Acusação arquivada: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima); sequestro e cárcere privado qualificado; ocultação de cadáver e corrupção de menor majorada.
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