quinta-feira, 23 de maio de 2013

Jovem baleada na cabeça terá escolta policial em MG; delegado é suspeito


O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) determinou que a jovem A.L.S., de 17 anos, que está internada no hospital de pronto-socorro João 23, em Belo Horizonte, receba escolta policial. No dia 14 de abril, ela foi baleada na cabeça, em uma estrada de Ouro Preto (95 km de BH), e o principal suspeito do crime é Geraldo Toledo, delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, que teria mantido um relacionamento amoroso com a adolescente.
A Justiça acatou pedido do Ministério Público (MP), baseando-se em relatos de familiares que supostamente teriam sofrido ameaças e temem pela segurança da moça. A assessoria da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) afirmou que o órgão ainda não recebeu o ofício da Justiça.

Tiro

Segundo a Polícia Militar, a jovem foi atingida por disparo de arma de fogo dentro de um carro. Os militares foram acionados por uma testemunha que teria presenciado um casal brigando no interior do veículo estacionado às margens da rodovia.
Ainda de acordo com a PM, chegando ao local, os policiais não encontraram o carro, mas, em seguida, foram informados da entrada da moça na unidade hospitalar de Ouro Preto com o ferimento a bala na cabeça. A testemunha anotou o número da placa do carro, que pertenceria ao policial civil.
Segundo os funcionários do hospital, um homem não identificado deixou a moça no local dizendo que ela teria tentado se suicidar. No entanto, em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais disse que Toledo foi quem a socorreu.
Depois, a jovem foi transferida em estado grave para a capital mineira.
De acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), ela continua internada no hospital João 23, mas familiares proibiram a divulgação do estado de saúde dela.
O delegado está preso na Casa de Custódio da Polícia Civil, localizada em Belo Horizonte, e nega as acusações. O caso é investigado pela Corregedoria da corporação.

Agressão e processo administrativo

Em março deste ano, o policial foi indiciado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente por agressões feitas contra A.L.S. O inquérito está na 13ª Vara Criminal.
Em outra frente, Toledo, que está na Polícia Civil mineira desde 2002, responde a um processo administrativo na corregedoria da instituição por ser suspeito de irregularidades no licenciamento de veículos, quando era titular da Delegacia de Trânsito de Betim (região metropolitana de Belo Horizonte).
Em 2011, ele chegou a ser preso também por supostas irregularidades no licenciamento de veículos, mas na cidade de São Joaquim de Bicas (região metropolitana). Nesse episódio, segundo a Polícia Civil, o caso caminha para a abertura de um segundo processo administrativo contra ele na corregedoria da instituição.
A corporação informou ainda que o policial permaneceu trabalhando, apesar do processo administrativo instaurado, "já que a lei lhe garante o direito de trabalhar e receber os vencimentos enquanto não for concluído qualquer processo em tramitação na Justiça e na Corregedoria da Polícia Civil", conforme a nota.

uol

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