quarta-feira, 22 de maio de 2013

Na contramão de outras cidades, prefeito quer penitenciária em Riversul (SP)


  • Riversul está a 269 km de São Paulo
    Riversul está a 269 km de São Paulo
O prefeito de Riversul (269 km de São Paulo), pediu um "presente" ao governo do Estado. Vicente de Paula Garcia (DEM) quer que um presídio seja construído na cidade. Para ele, a unidade prisional é um presente porque iria gerar empregos.
Garcia fez o pedido oficial justificando que a cidade, que tem pouco mais de 6.000 habitantes, está com um número elevado de desempregados. A economia do município tem por base a agricultura, mas o avanço tecnológico do setor tornou boa parte dos processos mecânicos, o que deixou muita gente sem trabalho.
Além disso, o prefeito diz que não consegue atrair indústrias por conta da localização de Riversul. A presença do presídio, segundo o prefeito, iria gerar de 300 a 350 empregos e resolveria o maior problema da cidade.
O pedido é que seja instalado um CDP (Centro de Detenção Provisória), isso porque os presos não ficariam em Riversul por muito tempo, o que evita a instalação das famílias dos detentos na cidade.
Para Vicente, o município não tem estrutura para receber muitas pessoas. Além disso, foi colocada uma condição para que o CDP seja realmente construído: apenas trabalhadores da cidade devem trabalhar na obra de construção.

Protestos

O desejo da Prefeitura de Riversul vai na contramão da maior parte municípios paulistas. Moradores de cidades escolhidas pelo governo para receber as unidades prisionais têm feito manifestações para impedir a construção.
Isso é o que acontece em Bom Jesus dos Perdões (82 km de São Paulo) e também em Araçariguama (61 km de São Paulo). Autoridades municipais estão unidas para protestar e fazer com que a decisão da Secretaria de Administração Penitenciária seja revogada.
Quanto ao pedido do prefeito de Riversul, a secretaria fará uma avaliação técnica para verificar a possibilidade. Enquanto não receber uma resposta oficial do governo do Estado, Vicente Gomes disse que prefere não comentar o assunto.

uol

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