A nova artimanha utilizada pelos exploradores de caça-níqueis em Porto Alegre no momento do flagrante é apagar as luzes e mandar todos ficarem em silêncio, com a esperança de que a polícia desista e vá embora.
Um dos casos ocorreu na noite dessa segunda-feira (23), na avenida Azenha, região central da cidade. Ao chegar ao local onde funcionava uma casa com máquinas de jogos ilegais, a polícia tentou entrar, mas foi impedida por duas portas de ferro.
Nesse meio tempo, as luzes internas do local foram apagadas, e quatro jogadores, instruídos por dois funcionários a ficarem em silêncio. Depois de uma hora insistindo para que a dupla abrisse a porta, os agentes invadiram o local, prendendo os dois em flagrante por exploração de jogos de azar e cárcere privado.
“A abordagem policial tem que ser a mais transparente possível. Mas temos o direito constitucional de entrar no local quando há flagrante. Vimos pela janela que havia gente lá dentro. Então, depois de insistir para abrirem, arrebentamos as duas portas”, disse o delegado Tiago Baldin, que comandou a ação.
Os quatro jogadores foram identificados, e o casal de atendentes que controlava o local, encaminhado à área judiciária do Palácio da Polícia. Lá, pagaram fiança de quatro salários mínimos cada um e foram liberados.
A mesma tática do silêncio foi utilizada na sexta-feira (20), num prédio na mesma avenida. Entretanto, o drama foi pior. Doze jogadores, a grande maioria idosos, foram mantidos trancados no escuro e com o ar-condicionado desligado por cerca de três horas.
“Na ocasião prendemos o dono do local, que, para coagir os clientes, chegou a agredi-los. Alguns eram cardíacos, outros chegaram a passara mal”, informou o delegado.
Fonte:UOL
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