Um dos suspeitos da morte do jornalista Décio Sá --assassinado no dia 23 de abril em um bar da orla de São Luís-- foi morto a tiros na noite desta segunda-feira (11). Valdênio José da Silva, 38, chegou a ser preso três dias após o crime por suspeita de participação no assassinato, mas foi liberado 30 dias depois por falta de provas incriminatórias.
A Polícia Civil informou que o assassinato de Silva ocorreu na Vila Pirâmide, no bairro da Raposa, por volta das 23h. Ele foi atingido por cinco tiros de revólver calibre 38. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, as investigações sobre o assassinato já foram iniciadas. O caso será apurado pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), mesmo departamento que investiga a morte do jornalista .
A secretaria informou ainda que a vítima tinha envolvimento em vários crimes no Maranhão e em outros Estados e já havia sido preso pela acusação de ser chefe uma quadrilha especializada em roubo de carga. Ele também era acusado de latrocínio (roubo seguido de morte) no Pará.
Por conta dos crimes, uma das principais linhas de investigação é queima de arquivo. A polícia não informou se já possui alguma pista dos autores do crime nem se investiga se há relação entre a morte de Décio e o assassinato de Silva.
O jornalista Décio Sá foi morto a tiros em um bar da orla de São Luís na noite do dia 23 de abril. Ele estava sozinho sentando em uma das cadeiras do estabelecimento, que sempre frequentava, quando um homem se aproximou e disparou seis vezes, acertando quatro tiros em sua cabeça e dois nas costas. O jornalista morreu no local.
Décio Sá trabalhava no jornal "O Estado do Maranhão" --pertencente à família Sarney-- e escrevia em um blog famoso por informações de bastidores da política no Maranhão.
Ele também trabalhou no jornal "O Imparcial" e chegou a ser correspondente da "Folha de S.Paulo" no final dos anos 90. O jornalista deixa mulher e um filho de 8 anos. Depois de 38 dias da morte do jornalista Décio Sá, a Polícia Civil do Maranhão divulgou, no último dia 31, o retrato falado do acusado do crime.
A imagem do assassino foi confeccionada pela PF (Polícia Federal) e pelos peritos do Icrim (Instituto de Criminalística do Maranhão), com base em informações de testemunhas do crime. O Disque Denúncia oferece R$ 100 mil de recompensa para quem repassar informações que ajudem a polícia a elucidar o crime.
As investigações policiais para a elucidação do assassinato do jornalista continuam em sigilo, e a SSP não divulgou nenhuma informação sobre que linhas estão sendo seguidas. O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, Leonardo Monteiro, disse que Décio relatava constantemente ameaças e disse que costumava dar conselhos ao blogueiro.
“Eu sempre dizia a ele para que tivesse cuidado, que não se expusesse. Ele tinha um blog muito reconhecido aqui no Estado, e que fazia muitas denúncias”, afirmou Monteiro.
Fonte: Uol
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