O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) não confirmou nesta quarta-feira se a nigeriana Nkiruka Paciota Ownegbuna foi vítima de estupro do pastor e mordomo Ikechi Marcus Abiazie, também nigeriano, na residência oficial do embaixador da Nigéria, em Brasília. Ela afirma ter sido espancada e obrigada a manter relações sexuais, por duas vezes, com ele. Abiazie nega.
O delegado Wisllei Salomão, da 10ª Delegacia de Polícia do Lago Sul, apresentou o resultado do exame de corpo de delito. "Os peritos do IML concluíram que não há vestígios de conjunção carnal. Isso não quer dizer que o crime não tenha ocorrido. Passaram cerca de 20 dias desde o crime. A demora na realização dos exames podem ter resultado no desaparecimento dos vestígios", disse o delegado.
Salomão apontou dois pontos de divergência entre os depoimentos. O mordomo e pastor alega que conheceu a nigeriana em uma festa na embaixada e, sabendo das dificuldades financeiras enfrentadas pela mulher, permitiu que ela morasse na residência oficial do embaixador. Já Nkiruka Paciota afirma ter sido convidada pela esposa do embaixador para morar de favor no local.
Outro ponto levantado pelo delegado foi um hematoma no olho da nigeriana. Segundo Marcus Abiazie, o ferimento teria sido causado pela filha de seis anos de Nkiruka. Hoje, a nigeriana confirmou a versão do pastor.
Diante da falta de prova material, o delegado pretende ouvir outros funcionários da residência oficial e não descarta a possibilidade de convidar o embaixador e a esposa dele para prestarem esclarecimentos sobre o caso.
Se comprovado o crime, o suspeito pode ser condenado por crime de estupro, com pena prevista de um a seis anos de prisão, e por agressão, cuja pena varia de três meses a um ano. por agressão. Caso não haja confirmação, a denunciante pode ser acusada de denúncia caluniosa, com pena de dois a oito anos de reclusão e pagamento de multa. Nenhum dos dois nigerianos tem imunidade diplomática, sendo submetidos às leis brasileiras.
Fonte:Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário