quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ao deixar o cargo, corregedora do CNJ cobra dos tribunais mais segurança para juízes


Ao apresentar, nesta quarta-feira (5), um balanço dos dois anos em que esteve à frente da corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a ministra Eliana Calmon cobrou mais empenho dos tribunais para investir na segurança de juízes e evitar, assim, mortes como a da juíza Patrícia Acioli, no Rio de Janeiro.
Calmon afirmou que a falta de apoio dos tribunais abre espaço para o crime organizado e disse que no Rio de Janeiro há policiais ligados às milícias fazendo segurança dentro do tribunal.
“Desde 2009, a inteligência da Polícia Federal já avisava que Acioli estava jurada de morte e estava para ser morta pelas milícias. (...) Era responsabilidade do tribunal zelar pela segurança dela”, afirmou Calmon, acrescentando que o efetivo no tribunal no Rio de Janeiro é de cem policiais.
Na terça (4), na sua última sessão como corregedora no CNJ, a ministra tentou ainda apresentar o resultado de uma investigação feita a pedido da família da juíza, assassina em 2011, para apurar se o tribunal foi negligente. A defesa do desembargador Luiz Zveiter, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio e investigado, no entanto, conseguiu o adiamento.
No balanço da sua gestão, Calmon ressaltou ainda que há desvio de função de policiais militares em diversos Estados e que o CNJ chegou a encontrar militares dirigindo o carro de desembargadores e até fazendo trabalhos domésticos.
“Os tribunais têm que tomar providências. (...) A magistratura precisa efetivamente de segurança.” Para Calmon, há muita segurança para os desembargadores e pouca para os juízes de primeira instância.
Fonte:Uol

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