O primeiro dia do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de ser o assassino de Eliza Samudio, começou nesta segunda-feira (22) com um pedido da defesa do réu para que ele seja adiado.
No entanto, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem, não aceitou o pedido, mas determinou a condução coercitiva de uma testemunha solicitada pela defesa ao fórum.
A magistrada abriu a sessão, mas ainda não formou o conselho de sentença (corpo de jurados), esperando que a testemunha seja conduzida ao fórum.

Para justificar o pedido de adiamento, o advogado Ércio Quaresma pediu a palavra, assim que a juíza deu início à sessão, e disse haver recurso em instância superior e que a defesa quer ver resolvido antes de o cliente ser julgado.
A juíza, porém, entendeu que não haveria empecilho para a continuidade da sessão. "O recurso especial não possui efeito suspensivo", disse a magistrada.
A testemunha que não apareceu é o jornalista José Cleves, que foi intimado pela Justiça. Elefoi absolvido recentemente de acusação de homicídio da mulher após ter sido indiciado pelo então delegado Edson Moreira, que chefiou a investigação sobre o sumiço de Eliza Samudio.
A juíza determinou ao escrivão a condução "coercitiva" de Cleves ao fórum. Conforme o chefe da segurança do fórum, um oficial de Justiça e um aparato da Polícia Militar mineira foram empenhados na localização da testemunha.
Quaresma ainda afirmou que a defesa de Bola ficaria prejudicada com a ausência de uma delegada que participou das investigações sobre o sumiço de Eliza. A delegada Alessandra Wilke estaria em uma operação da Polícia Civil de MG em Ipatinga (MG). Ela iria ao julgamento como informante.
A juíza não aceitou o pedido sobre a ausência da delegada, justificando que o chefe dela havia esclarecido a ausência da policial.
Camiseta
Dentro do salão do júri, a esposa e os três filhos de Bola estão portando camiseta com foto do réu estampada na parte da frente.
Nas costas da camiseta há a frase: "Que Deus dê longa vida aos teus inimigos para que de pé eles possam ver a tua vitória".
Na porta do fórum, trabalhadores em greve do Tribunal de Justiça de Minas Gerais fazem ato de protesto com um carro de som.
Na porta do fórum, trabalhadores em greve do Tribunal de Justiça de Minas Gerais fazem ato de protesto com um carro de som.
uol
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