ReproduçãoBianca Mantelli Pazinatto foi assassinada a facadas no interior de Goiás
Uma das jovens suspeitas de assassinar a estudante Bianca Mantelli Pazinatto, 18, que cursava o terceiro período de biomedicina na Universidade Federal de Goiás, em Jataí (327 km de Goiânia), afirmou nesta terça-feira (30) à TV Anhanguera, retransmissora da Rede Globo em Goiás, que uma das razões que a motivaram a matar foi para que a vítima não ficasse com mais ninguém. "Se ela não vai ficar comigo, não vai ficar com mais ninguém", disse a menor.
As duas suspeitas tiveram de deixar Jataí após ameaça de linchamento. Revoltados com o crime, familiares e amigos da vítima ameaçaram agredir as duas, que estavam na delegacia da cidade. As informações sobre a mobilização chegaram ao delegado André Fernandes de Almeida, que pediu a transferência das adolescentes L., 17 anos, e M., 16 anos, na tarde dessa terça-feira (30). As duas estão na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), em Goiânia.
Na entrevista, a menor relatou que, após atrair Bianca para sua casa, sua "colega" as aguardava atrás da porta do quarto e, assim que entraram, agarrou a estudante e tapou sua boca. "Amarrei as mãos, os pés, e senti que ela estava se debatendo muito, tentando gritar. Ela ficou muito desesperada. E a gente falou assim: 'não tem outro jeito'".
O crime que chocou os moradores de Jataí aconteceu na manhã de segunda-feira (29), quando Bianca foi assassinada a facadas desferidas por duas amigas. A morte teve motivação passional e ocorreu por volta das 9h40. O corpo da vítima foi encontrado na noite do mesmo dia embaixo da cama da adolescente L.. Segundo informações da Polícia Civil, Bianca estava com os braços e os pés amarrados e coberto por sacos plásticos.
A polícia descobriu ainda que as duas adolescentes planejaram a morte da jovem. Uma carta descrevia com detalhes todas as ações, que terminariam com o ateamento de fogo no corpo de Bianca, no Conjunto Estrela Dalva, um bairro da cidade. Um litro de álcool e fósforos foram encontrados dentro da mochila de M..
- Carta escrita por jovem suspeita de matar a estudante Bianca
Sumiço
No dia do crime, Bianca saiu de casa por volta das 9h e desde então estava desaparecida. O pai da vítima comunicou seu sumiço no 1° Distrito Policial de Jataí depois que tentou ligar para o celular da filha sem sucesso. Após buscas pela cidade, a família localizou uma carta que a adolescente L., de 17 anos, havia escrito para Bianca. No texto, havia declarações de amor e ameaças. A polícia então foi até a casa de L., que, ao lado da mãe, negou que Bianca estivesse no local. Ela disse que a jovem havia mandado uma mensagem por celular dizendo que iria visitá-la, mas ainda não tinha aparecido.
L. contou que as duas eram amigas e tinham se aproximado pelo Facebook, mas confessou que teve um relacionamento amoroso com a vítima assim que um dos policiais mostrou a carta encontrada no quarto de Bianca. Segundo L., as duas estavam separadas, pois Bianca a teria traído com outra mulher. Após a conversa, os policiais resolveram seguir L., que foi conversar com uma amiga num shopping da cidade.
Calça com sangue
Durante o percurso, os policiais receberam uma ligação informando que uma amiga de L., identificada como M., 16 anos, teria sido vista pela cidade com a calça suja de sangue. Eles procuraram L., que confirmou ter se encontrado com M.. Segundo ela, o sangue seria de uma carne que as duas tinham tirado do congelador de sua casa. L. levou os policiais até a casa de M., que confirmou a história. As duas adolescentes foram dispensadas pelos investigadores.
No início da noite, em uma nova diligência à casa de L., os policiais foram recebidos pela mãe da adolescente e autorizados a ir até o quarto da garota, que não estava no local. Em vistoria, eles encontraram uma mochila com luvas, sacos, gazes e faca sujos de sangue. Ao olhar embaixo da cama, encontraram o corpo de Bianca. As duas adolescentes, que estavam na casa de M. foram levadas para a delegacia, onde confessaram o crime
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