sexta-feira, 8 de setembro de 2017

PORTUGUÊS JURÍDICO COM AMANDA HARRISON: DATÍSSIMA VENIA!

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Quem no mundo jurídico nunca leu ou ouviu a expressão Data Venia?

Quem não escutou a frase “advogado escreve de um jeito que não entendo nada”?
Pois bem, a profissão exige que se escreva muito bem, mas é bom saber a diferença de técnica de redação e linguagem elegante do rebuscamento e prolixidade.
Há quem confunda estas questões e acaba produzindo um texto cheio de palavras difíceis e a preocupação é tamanha que o texto fica cansativo, incompreensível e prolixo.
O rebuscamento é um vício e não uma técnica de redação, o uso da linguagem rebuscada não torna o seu texto mais bonito, ao contrário, impede a comunicação e só é um meio de exibicionismo desnecessário!
A primeira pergunta que o autor deve se fazer é: quem ler sua peça a compreenderá? Devemos lembrar que por princípio, o processo legal é público e acessível a qualquer pessoa, desta forma, ele deve ser lido e compreendido por pessoas que não são do meio jurídico. Usar palavras em latim, usar linguagem rebuscada não é elegante!
A prolixidade é outro problema de redação muito comum, o autor se perde nas palavras e acaba repetindo a mesma coisa e nunca chega a uma conclusão, faz o leitor ter sono ao ler seu texto, é tedioso e desagradável. Aquelas peças enormes, com infinitas páginas que não dizem nada, que apenas faz volume, também não faz do autor um expert, pelo contrário, com o tempo este ganhará o apelido de contador de histórias.
Um texto elegante é aquele que usa corretamente a língua, e que ao mesmo tempo é claro e objetivo.
Dicas:
- “Relevante importância” -  Ora, se é relevante já é importante e se não fosse não seria abordado, é muita redundância!
- “Remédio magnânimo” – considerando os remédios jurídicos, este deve ser poderoso!!
- “Vossa excelência, o cultíssimo, sapientíssimo” – O juiz virou Deus? Por favor, não use estas expressões para exaltar o magistrado, soa falso, bajulador. O magistrado é um ser humano igual a nós, merece respeito e consideração por sua posição hierárquica, nada mais.
- “O Direito pátrio” – Ahhhh!!!!!! Pensei que era o direito Russo!! A não ser que esteja referindo-se a direito de outro país, não há necessidade de esclarecer.
- “Com a devida venia, com a máxima venia” – não misture o latim no meio da frase, fica ruim, fica feio, e incompreensível. Seja polido em seu discurso, mas sem ser exibicionista, use com licença, com a devida licença, fica mais bonito!
Ao escrever uma peça, dê atenção a clareza e objetividade do seu texto, seja educado e respeitoso e lembre-se: Juridiquês não é técnica de linguagem!
Até mais!

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Amanda Harrison, 38 anos, divorciada, muçulmana,
administradora e bacharel em Direito; presto consultoria
em direito trabalhista, cível e penal. Administro 2
empresas em São Paulo, gosto de viajar, falo e escrevo
português, inglês, francês, árabe e espanhol. 
Não sou professora mas gosto de ensinar




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Imagem do google: datavenia

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