terça-feira, 10 de abril de 2012

Usuária presa, sem drogas, como traficante


Mariana (nome fictício) tem duas filhas. Cursou o ensino médio, mas abandonou os estudos depois que se tornou usuária de drogas. Estava desempregada e se prostituía para sustentar seu vício. Também cometeu pequenos furtos. Foi internada duas vezes. Um dia, a polícia entra na casa de Mariana e, mesmo sem achar droga, leva a jovem presa.
A alegação é a de que em sua casa ocorriam encontros de traficantes de drogas. Não há, no processo, qualquer evidência neste sentido, apenas o depoimento dos policiais. A polícia decreta a prisão em flagrante. Mesmo não havendo qualquer evidência de sua culpabilidade, Mariana permanece presa por quatro meses e oito dias antes de conseguir a liberdade provisória. O julgamento ainda não acabou.
Atualmente, Mariana pleiteia vaga em uma clínica para dependentes.

O impressionante nesta história é que não há, no processo, nenhum indício de que Mariana traficava drogas. Mas a lei de drogas tem uma regra que faz com que uma pessoa que seja acusada de tráfico de drogas pela polícia tenha de esperar presa até provar sua inocência.
Esse é mais um dos casos que mostra como não é verdade que o usuário de drogas não vai preso no Brasil.

Fonte:LFG

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