Documento traz fotos da reconstituição do crime no apartamento do casal, da qual participou a viúva e assassina confessa de Marcos, Elize Matsunaga
Elize Matsunaga na reconstituição do assassinato de seu marido, no apartamento do casal, em São Paulo(Reprodução/TV Globo)
O laudo da perícia sobre a morte do empresário da Yoki Marcos Matsunaga será apresentado ainda nesta semana ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O documento, obtido pela TV Globo, traz uma série de fotos da reconstituição do crime, da qual participou a viúva eassassina confessa de Marcos, Elize Matsunaga.
Nas imagens, Elize demonstra aos policiais a sua versão sobre o crime. Segundo ela, o casal jantava no apartamento deles na capital paulista quando ela disse a Marcos ter descoberto uma traição do marido. Eles discutiram e Marcos desferiu um tapa no rosto de Elize. Ela então foi até o bar, pegou uma arma e apontou para o marido, que a desafiou a atirar. A mulher disse ter disparado a uma distância de dois metros.
Elize Matsunaga chega ao DHPP, em São Paulo
De acordo com a versão de Elize, registrada no laudo, ela trocou o cano da arma, limpou o local e arrastou o marido até um quarto. No dia seguinte, a mulher esquartejou o corpo e transportou os pedaços em malas até uma estrada da região metropolitana de São Paulo. A perícia contesta a tese de Elize e diz que Marcos foi esquartejado quando ainda estava vivo.
Elize foi denunciada pelo MP por homicídio triplamente qualificado(motivo torpe, meio cruel e sem dar chance de defesa à vítima) e ocultação de cadáver. Ela está presa no presídio feminino de Itapevi, na Grande São Paulo, onde deve permanecer até que o caso seja julgado pela Justiça.
Oito crimes passionais que chocaram o Brasil
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Caso Eloá Pimentel
Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, na janela do apartamento onde Lindemberg Fernandes Alves manteve ela como refém, em 2008 (Danilo Verpa/Folhapress)
Foi o mais longo cárcere privado da história policial de São Paulo. Em 13 de outubro de 2008, inconformado com o fim do namoro, Lindemberg Alves Fernandes tomou como reféns a ex-namorada Eloá Pimentel e uma amiga dela, Nayara Rodrigues, ambas com 15 anos de idade, em Santo André, no ABC paulista. A polícia cercou o cativeiro, mas não obteve sucesso na negociação com o sequestrador. Após cem horas de terror, Lindemberg atirou contra as duas jovens. Nayara foi atingida no rosto, mas sobreviveu. Eloá morreu com um tiro na cabeça e outro na virilha.
Em fevereiro, o ex-motoboy foi condenado a uma pena de 98 anos e dez meses de prisão, pelos doze crimes dos quais foi acusado: homicídio qualificado de Eloá, tentativa de homicídio de Nayara e do sargento da Polícia Militar Atos Valeriano, sequestro e cárcere privado de Eloá, Nayara e de outros dois jovens que ficaram reféns, Victor Lopes de Campos e Iago Vilela de Oliveira, além de disparo de arma de fogo.
Fonte Veja
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