terça-feira, 21 de agosto de 2012

MP investiga se morte de vascaíno foi ato coletivo de rubro-negros


Diego Martins Leal morreu após briga no domingo (19), no Engenhão.
Torcida do Flamengo pode ficar até três anos sem entrar em estádios.


O Ministério Público investiga se o assassinato do torcedor do Vasco Diego Martins Leal, de 30 anos, vítima de uma briga entre flamenguistas e vascaínos, neste domingo (19), envolveu vários integrantes da Torcida Jovem do Flamengo, como informou o RJTV desta terça-feira (21).
Ele foi morto a tiros e facadas em Tomás Coelho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, antes do clássico entre Flamengo e Vasco, no estádio do Engenhão. Dois homens foram presos. O MP agora quer saber se o crime foi um ato coletivo, de vários membros da torcida.
Se isso confirmar, a Torcida Jovem do Flamengo pode ficar de três meses a três anos sem poder entrar em estádios. Representantes da torcida foram procurados, mas não foram encontrados.
Enterro de torcedor
O corpo de Diego Leal foi enterrado por volta das 16h20 desta segunda-feira (20), no Cemitério de Inhaúma, no subúrbio do Rio de Janeiro.
Cerca de 200 pessoas acompanharam a cerimônia de sepultamento do torcedor, que era publicitário. Segundo amigos e parentes, Diego fazia parte de uma torcida organizada do Vasco, mas não utilizava a camisa do time na rua para evitar confusões com torcedores de times rivais.
Segundo o tio de Diego e professor de matemática Luiz Fernando Leal, Diego foi enterrado com a camisa do Vasco. Cerca de 20 integrantes de uma torcida do Vasco, todos descaracterizados, estiveram no enterro, mas preferiram não falar com a imprensa.
Cerca de 200 pessoas acompanharam o sepultamento do torcedor Diego Leal, no Cemitério de Inhaúma, no subúrbio do Rio, nesta segunda-feira (20) (Foto: Tássia Thum/G1)Cerca de 200 pessoas acompanharam o sepultamento do torcedor Diego Leal, no Cemitério de Inhaúma, no subúrbio do Rio, nesta segunda-feira (20) (Foto: Tássia Thum/G1)
O primo da vítima, o farmacêutico Felipe Leal, disse que Diego não ia aos jogos do Vasco havia cerca de um ano. No domingo, segundo o primo, Diego estava em um churrasco com amigos próximo de casa, no bairro de Tomás Coelho, quando houve o conflito. Felipe Leal afirma que Diego não ia ao Engenhão, já que havia combinado de ver a partida em um bar próximo de sua residência.
A Polícia Civil apresentou dois suspeitos de assassinar o torcedor do Vasco na segunda-feira (20).  Alessanderson Piedade Motta, de 28 anos, e Daniel Monteiro Abreu, 27, estão presos da Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e vão responder por homicídio qualificado por motivo fútil. Segundo o delegado Rivaldo Barbosa, se condenados, eles podem pegar de 20 a 30 anos de prisão.
De acordo com o delegado, das cinco testemunhas ouvidas, duas reconheceram os suspeitos como responsáveis pela morte de Diego. O delegado informou que as investigações apontam Alessanderson, que já tinha passagem pela polícia por lesão corporal, como autor dos quatro tiros que atingiram a vítima e Daniel como o autor das facadas.
A confusão começou quando um ônibus com flamenguistas vindo de Resende, no Sul Fluminense, passou por um grupo de torcedores do Vasco concentrados num bar localizado na Rua Silva Vale. Ao tentar se esconder, Diego entrou em um outro bar, na Rua Itaquati. No interior do estabelecimento, ele foi morto pela dupla.
Flamengo e Vasco jogaram no Estádio do Engenhão, na Zona Norte, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro 2012. O time rubro-negro venceu por um a zero, com gol de Vagner Love.
Fonte:G1

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