Extra
Depois de queimar e esconder o corpo da telefonista Adriana Rocha de Moura Machado, de 43 anos, a estudante X., de 17, planejou como encobertaria a execução da mãe. Em um caderno com flores e borboletas, a menina escreveu o depoimento que ela e o namorado, Daniel Duarte Peixoto, de 20 — que também participou do crime — dariam a polícia. No roteiro apreendido pela polícia, horários, locais e atividades foram previamente inventados pelo casal.
Na trama, X. e Daniel encontram-se entre 5h40 e 6h, na casa dela. Às 7h, os dois vão até o píer da Ilha do Governador, onde ficam duas horas. Depois, a dupla segue para Bonsucesso para comprar uma peça para o rapaz consertar a geladeira de uma cliente, no mesmo bairro.
“Cheguei em casa por volta de duas horas, fui (sic) tomei um banh e descansei um pouco”, narra a assassina confessa. Pouco depois, uma amiga da vítima telefona e ela responde que a mãe fora trabalhar, o que é negado pela mulher que está na linha.
“Fiquei preocupada porque ela não é de faltar o trabalho”. A garota então ligou para a tia perguntando se a telefonista estava num churrasco da família. A tia, segundo o escrito, teria dito para X. ficar calma porque, caso a mãe não chegasse, elas tomariam “alguma providência”. Por volta de 20h e 20h30, a menina voltou a ligar para a tia.
De acordo com o delegado Maurício Luciano, assistente da 32ª DP (Taquara), o relato mostra a frieza e a crueldade com que a menina tratava o caso, tido supostamente como desaparecimento da vítima, durante 11 dias. Na tarde desta sexta-feira, ela foi ouvida pelo Ministério Público e ratificou o depoimento dado na delegacia e a versão de que matou Adriana para ter mais liberdade com o namorado. Ela falou durante 15 minutos e novamente não mostrou emoção ao narrar os detalhes do homicídio. Em até 20 dias, a situação de X. deverá ser julgada.
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